“É nossa convicção e nossa prática que para se rebelar e lutar não são necessários nem líderes, nem caudilhos, nem messias, nem salvadores. Para lutar é necessário apenas um pouco de vergonha, um tanto de dignidade e muita organização”, escreveu o Subcomandante Marcos, em 2014. Neste livro, o historiador Jérôme Baschet retraça a gênese do movimento zapatista e reconstitui suas várias etapas, desde o levante armado até os dias de hoje. Assim, temos acesso à lógica de sua organização, à capacidade de autotransformação e à originalidade de sua trajetória. O prefácio do autor acrescido à edição brasileira nos inspira a atravessar a noite tão escura no Brasil à luz da experiência zapatista, que é também indígena, que é também feminina, também poética.
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