Todos nós conhecemos algum atleta de desempenho extraordinário nos tempos de colégio — aquele para quem tudo parecia muito fácil. Podia ser um zagueiro ou batedor, uma das melhores armadoras dos campeonatos escolares de basquete ou uma saltadora em altura. Talentos natos. Ou não? Esta é uma controvérsia tão antiga quanto as competições. Será que astros como Usain Bolt, Michael Phelps e Serena Williams não passam de aberrações genéticas, que vieram ao mundo fadados ao domínio de seus respectivos esportes? Ou são pessoas normais, que apenas superaram os próprios limites biológicos graças a muita força de vontade e treinamento obsessivo? A verdade é muito mais complexa do que a mera dicotomia inato e adquirido. Nos 10 anos transcorridos desde o sequenciamento do genoma humano, os pesquisadores pouco a pouco vêm desvendando como a relação entre dons biológicos e o ambiente de treinamento de um atleta afeta seu desempenho. Cientistas do esporte vêm paulatinamente adentrando a era da moderna pesquisa genética.
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