Uma viagem em torno do futebol raiz, o livro vai na contramão dos clubes famosos do futebol europeu. A ideia por trás de “À Sombra de Gigantes” é entender o outro lado dessa história. Em que a maioria dos times não vence títulos e as torcidas são pequenas. Onde a única alternativa que resta é bradar contra o futebol moderno. Dos ativistas do St. Pauli aos hooligans do Millwall, da classe operária do Rayo Vallecano ao fanatismo e fé da torcida do Torino.
Durante 50 dias de viagem, o jornalista Leandro Vignoli, com passagens por SporTV e agência de notícias dos Jogos Olímpicos, visitou 13 pequenos clubes, em um total de 10 cidades, em busca de entender a relação social e familiar destes torcedores com suas cidades, bairros, e clubes de coração. À Sombra de Gigantes é sobre a essência destes apaixonados, e a resiliência dos clubes de permanecerem vivos mesmo à sombra de Real Madrid, Barcelona, Bayern, PSG e Juventus.
Futebol de verdade ainda está dentro do estádio, e por isso cada capítulo tem uma partida como cenário. Neste aspecto, o livro é também um guia de viagem, com as experiências, os percalços, e muitas entrevistas. Tem cerveja jogada para cima na comemoração de gols e dicas para quem embarcar em uma aventura do tipo. É um livro de torcedor para torcedor.
É uma viagem para compreender por que raios as pessoas vão aos jogos, especialmente de times minúsculos como o Munique 1860, Union Berlin, Espanyol, Fulham, Leyton Orient, Belenenses, Red Star Paris?
O livro ainda é recheado de história, do nacionalismo catalão ao comunismo da Alemanha Oriental. Histórias que fazem do futebol muito mais do que apenas futebol. A única coisa que não muda é a paixão. Essas histórias sempre valem a pena.
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