Peter Henn, piloto de Messerschmitt 109, foi um autêntico herói, um extraordinário combatente. No Entanto, foi soldado apenas porque sua pátria estava em guerra. Nascido em 1920, só em 1943 foi lançado à fornalha da guerra, numa época em que a Alemanha, que ainda se julgava vitoriosa, começa a experimentar reveses em todas as frentes. É um piloto admirável, dono de numerosas vitórias, mas também de um espírito rebelde: nos seus relatórios seus chefes o acusam de "pensar". É enviado para a Itália, fazem-no voltar para a Alemanha, tornam a mandá-lo para a Itália, fica uma temporada nos hospitais romenos, participa da arremetida contra a segunda frente e termina na Checoslováquia, entre os russos. Perseguido pela derrota onde quer que se encontre, vai de desastre em desastre, é abatido, salta de pára-quedas, acorda perto de uma sala de operações, volta para junto de seus companheiros, até que um novo desastre por terra, entre jatos de chamas e o ribombar do trovão. Peter Henn chegou mutilado ao fim da guerra. Com duas pernas de menos. Foi o preço que pagou para escrever seu livro.
História