O livro tem a forma de diário, e inclui, ao lado de experiências de vida do autor no Brasil, na Inglaterra e em vários outros países, a história de seu envolvimento com a cultura gerada pelo Grupo de Bloomsbury. Essa história começa em 1993, quando Bivar pela primeira vez foi à Escola de Verão em Charleston, na Inglaterra, evento no qual se celebram e se estudam periodicamente as vidas e as obras de pessoas ligadas mais estreitamente a Virginia Woolf. As apreciações de Bivar não se limitam aos eventos e seu conteúdo: estendem-se ao que aconteceu fora deles em sua convivência com os participantes - e aqui talvez estejam algumas das partes mais interessantes do livro. Nessas idas e vindas, somos levados aos lugares mais inesperados: a Ilha de Wight, castelos espalhados pela Europa, museus no Sul da França, a cultura portuguesa. Por último, mas não de menor importância, acompanhamos uma longa e significativa jornada - de ônibus - pela América do Sul: de São Paulo ao Chile, daí ao sul da Argentina, depois ao Uruguai e, por fim de volta a São Paulo.