Calunga é um romance social e nele a atitude do autor não é nada contemplativa. É uma atitude participante. Lula Bernardo, o personagem central, é o símbolo da revolta de que Jorge de Lima está possuído contra a miséria, o latifúndio, a exploração dos humildes pelos poderosos, estes representados pela figura do "coronel" do Canindé. O clima da obra é da indignação. Desta vez Jorge de Lima não se limita a ser um espectador compassivo; é um homem que tomou o partido da luta. Não mais simplesmente constata a violência; agora, à violência responde com violência.
Literatura Brasileira / Romance