Malazarte resolve conquistar o mundo com sua única herança: uma porta. Não, a porta não era encantada, mas o menino era muito esperto e conseguiu o que queria, com uma ajudinha de urubu manco. E o urubu nem era um pássaro da sorte, como Uirapuru, que vive nas matas amazônicas e já foi um índio bonito - bem, mas essa é outra história. Aliás, sorte é também o que trazem os curumins, indiozinhos que, acredite ou não, depois de subir por um cipó até o céu, não conseguiu mais descer e ficaram brilhando lá no alto.
Em Como nasceram as estrelas: doze lendas brasileiras, Clarice narra com leveza e bom humor as histórias da tradição popular. Mês a mês, passando pelas lorotas de abril e as festanças juninas, a escritora traz o que rezam as lendas e apresenta novos mundos ao leitor. Assim como as manhas que, ela mesma diz, aprendeu com o Saci.