CRIMINOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

CRIMINOLOGIA DA LIBERTAÇÃO LOLA ANIYAR DE CASTRO


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CRIMINOLOGIA DA LIBERTAÇÃO (1 #10)


COLEÇÃO Pensamento Criminológico - Nº10




Este livro é um reflexo de doze anos de vivências ininterruptas em meio ao que aconteceu em nossa Criminologia. Doze anos em que vimos nascer e crescer dois movimentos totalmente novos e produtivos: o Grupo Latino-Americano de Criminologia Comparada e o Grupo de Criminólogos Críticos Americanos. Nos quais nasceram criminólogos, teses e teorias. Acreditamos ser necessário contar parte dessa história.
O livro abrange momentos muito intensos e de muito intensa reflexão sobre o que deveria ser o pensamento criminológico latino-americano, numa época em que as expectativas e os conflitos sociais e políticos se manifestavam muito intensamente no mapa de nossa América.
Enquanto o sangue escorria nesse mapa, fosse nas guerras centro-americanas de alta e baixa intensidade, fosse nas ditaduras do chamado Cone Sul, despertou-se, naqueles núcleos geográficos em que a universidade funcionava em clima de liberdade, um inusitado interesse em conhecer os mecanismos pelos quais se exercia a dominação através de elementos de grande poder coativo, como o sistema penal, e no campo mais sofisticado da construção das ideologias.
Pesquisas que procuraram conhecer não apenas os controles penais, mas a história da punição e da recompensa através da história do controle, tanto rural e pré-colombiano (em alguns casos) como urbano, em sua maioria. A comunicação, a educação e a religião foram fontes de pesquisas, temas que até então raramente apareciam nos nossos livros de Criminologia pelo menos, nesses termos , já que eram estudados sempre e apenas como formas de socialização.
A necessidade de integrar a reflexão penal e criminológica como caminho para recuperar, onde estão sendo violados, às vezes de maneira fraudulenta, os proclamados direitos humanos.

Sobre a autora: Lola Aniyar de Castro é criminóloga, doutora em direito, pós-graduada pelas universidade de Paris e de Roma. Ex-Diretora do Instituto de Criminologia da Universidade de Zúlia (Maracaibo, Venezuela), que hoje leva o seu nome. Coordenou por 17 anos os Grupos Latino-Americanos de Criminologia Crítica e Criminologia Comparada e é uma das fundadoras da Criminologia Crítica na América Latina. Foi também fundadora do Foro Latino-Americano para o Estudo dos Direitos Humanos e da Questão Criminal. Na política, foi senadora e governadora do Estado de Zúlia e exerceu cargos diplomáticos na UNESCO e Estados Unidos. Hoje, se dedica à pesquisa e docência de Criminologia na Universidade dos Andes, de Zúlia e outras universidades latino-americanas, além de atuar como jurada no Prêmio Internacional Estocolmo em Criminologia.

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