Há passagens do livro em que o leitor é como que convidado a imaginar aquele momento mágico, como se pudesse ouvir o autor dirigir-se a seus alunos de modo absolutamente didático. Os exemplos a que me refiro são vários. Citemos apenas dois. Quando o autor trata dos princípios gerais do direito, define princípios como “a matéria-prima que faz nascer o direito. Basta imaginar a inspiração de um artista (pintor, escultor, músico), que o leva a criar sua obra... O que ele realizará virá, sempre e sempre, vinculado ao referido conjunto. Em outras palavras, aos princípios gerais de sua existência individual”. Ao cuidar do conceito de justiça, diz o autor que “a justiça está para a sociedade assim como a saúde está para o corpo"