O livro é uma coletânea de cartas entre Trotsky, grande revolucionário russo fundador do Exército Vermelho expulso da URSS e assassinado a mando de Stálin, e vários militantes norte americanos. Sob o impacto do acordo nazi-soviético, celebrado entre Molotov (braço direito de Stálin) e Ribbentrop, Ministro do Exterior da Alemanha Nazista. Tratava-se de um pacto de não-agressão, o corolário da tragédia da ascenção do nazismo provocada pelo sectarismo do PC alemão. Os militantes americanos, estupefatos, afirmaram que a União Soviética deixava de ser um Estado Operário e que uma possível guerra com a Alemanha fascista deveria levar os comunistas à neutralidade. Parece um debate abstruso para os dias de hoje, mas a obra permanece completamente atual. Trotsky com maestria sem se deixar impressionar pelos fatos, de maneira clara e simples, e ao mesmo tempo fraternal e educativa, o velho dirigente bolchevique desvenda o caráter contraditório do Estado surgido com a Revolução de Outubro e explica que, apesar de todas as transformações, a URSS ainda se mantinha como um Estado operário burocraticamente degenerado, devendo ser defendido com unhas e dentes pelos revolucionários.
Um livro extremamente atual para contestar aqueles que jogam no lixo as conquistas do Estado Operário por conta da débacle stalinista.