O livro discute a relevância dos transportes coletivos para a compreensão da sociedade urbana brasileira. O leitor é conduzido a diversas viagens, tendo três delas como principais: A primeira relata como o autor, morador do bairro de Engenho de Dentro e portanto usuário regular dos trens suburbanos, se consolidou como antropólogo a partir de seus olhares. A segunda retoma as tradições da etnografia urbana. Sua narrativa nos revela que, por trás da aparente experiência amorfa da multidão, existe organização social na qual conflito, negociação, resistência e revolta moldam as relações. A terceira “viagem” discute o mundo social além da delimitação espaço-tempo, na qual o autor põe em questão a compreensão dos enigmas da sociedade brasileira.