A Editora Contracorrente tem a satisfação de anunciar a publicação do livro Hannah Arendt, da professora e pesquisadora Samantha Rose Hill.
Em preciosa tradução de Juliana de Albuquerque, esta obra articula detalhes biográficos, comentários críticos e correspondência pessoal para humanizar a figura de Hannah Arendt e contextualizar os principais aspectos da vida e da obra de uma das pensadoras mais importantes (e controversas) do século XX.
Em seus vinte capítulos – sucintos, mas repleto de detalhes e referências –, a autora procura levar Hannah Arendt para um público mais amplo. Afinal, trata-se de uma figura cujo pensamento continua sendo debatido como guia para a compreensão dos problemas políticos contemporâneos.
No entanto, Samantha Hill adverte o leitor: Arendt contestaria o uso de suas ideias hoje para uma análise pronta e direta das crises atuais. Rebelde desde sempre, ela “era uma pensadora poética” e sua obra se construiu a partir de “uma abertura radical que convida ao jogo e à interpretação” constantes.
Desse modo, embora muitos dos problemas enfocados por Arendt não sejam exatamente novidades – a necessidade de democracia real, o problema do mal e as crises de julgamento –, as mudanças imprevisíveis ao longo do tempo exigem uma compreensão também sempre a se movimentar, sempre nova.
De acordo com a autora, “a vida de Arendt e o seu trabalho oferecem ao leitor uma maneira de pensar que ensina a pensar, em vez de oferecer um conjunto de argumentos para o que pensar (…). Ela amou o mundo e aceitou o que compreendeu serem os elementos fundamentais da condição humana: não existimos sozinhos, somos todos diferentes uns dos outros, surgimos e, depois, desaparecemos. Entre um e outro, existimos em um espaço de vir a ser e precisamos cuidar da terra e construir um mundo em comum”.
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