Kluge

Como os acidentes da evolução criaram mentes imperfeitas e idiossincráticas — e o que podemos fazer a respeito disso. Somos “nobre na razão”? Perfeitos, à imagem de Deus? Longe disso, diz o psicólogo da Universidade de Nova York, Gary Marcus. Neste livro lúcido e revelador, Marcus defende que a mente não é um órgão elegantemente projetado, mas sim um “kluge”, uma engenhoca remendada e desengonçada. Ele revela uma maneira fundamentalmente nova de olhar para a mente humana — que tem mais a ver com fitas adesivas do que com supercomputadores —, esclarecendo alguns dos mais misteriosos aspectos da natureza humana. Guiando-nos numa visita às áreas fundamentais da experiência humana — memória, crença, decisões, língua e felicidade —, Marcus revela inúmeras circunstâncias em que nossa mente pode falhar. Ele examina por que as pessoas muitas vezes votam contra os seus próprios interesses, por que dinheiro não compra felicidade, por que líderes mundiais muitas vezes se apegam a decisões ruins e por que uma frase como “pessoas pessoas saíram saíram” dá um nó em nossas cabeças, mesmo contendo apenas quatro palavras. Marcus também oferece maneiras surpreendentemente eficazes de superar nossos kluges internos, visando ao aprimoramento de nós mesmos e da sociedade. Ao longo do livro, o autor mostra como somente a evolução — desordenada e sem direção — poderia ter produzido a mente que nós humanos temos e, ao mesmo tempo, constrói uma brilhante argumentação em defesa do poder da imperfeição.