Castradora ou degoladora, vampiro ou lâmia, polvo ou sanguessuga. A mulher povoou, múltipla e aterrorizante, as páginas da literatura ´fin-de-siècle´. E muitas vezes foi nelas substituida por manequins ou bonecas de cera, inofensivas e cordatas. ´A mulher que eles chamavam fatal´ brinda o leitor com um ensaio profundo, refinado e original. Aqui, erudição, clareza e bom humor traçam um abrangente quadro de um passado artístico próximo. Mas não só. Fornecem precioso instrumental para que se compreenda por que até os dias de hoje muitos criadores ainda acreditam na fatalidade da mulher, fantasma maiúsculo no imaginário masculino.