Uma fábula com tons surrealistas sobre preconceito, exílio e arte; uma elegia à história daqueles que foram apagados pela História.
Reykjavik, 1918. É o último ano da Primeira Guerra Mundial. Os islandeses comemoram a vitória de uma luta secular por soberania; ao mesmo tempo, a epidemia da Gripe Espanhola assola o pequeno país, que acaba de enfrentar um dos invernos mais rigorosos de sua história e agora vê o vulcão Katla despertar em uma das mais furiosas erupções do século 20.
Nessa Islândia assolada e conservadora, Máni Steinn Karlsson, adolescente gay, órfão e disléxico que vive às margens da sociedade e ganha dinheiro vendendo o corpo para homens mais velhos, vive uma fascinação pelo provocador cinema estrangeiro e por Sóla Guðb-, uma garota à frente de seu tempo, muito parecida com a atriz francesa Musidora, e que em vários aspectos subverte o papel atribuído às mulheres.
Este é um romance sobre preconceito, exílio e qual tipo de sociedade um país almeja criar, uma elegia a todos aqueles que foram julgados como diferentes e tiveram suas histórias apagadas pela História. O livro é uma importante reflexão sobre o papel da arte, em especial o cinema e a literatura, na manifestação de nossa memória coletiva e testemunho de episódios que não deveríamos nunca mais deixar se repetir.
Como grande parte da obra de Sjón, Mánasteinn é um livro curto e sua linguagem econômica e precisa, tributária do folclore islandês, em certos momentos ecoa o surrealismo de Antonin Artaud misturado à atmosfera punk dos anos 70 e início dos 80.
Publicado originalmente em 2013, o livro ganhou praticamente todos os prêmios literários em seu país, incluindo o prestigioso Icelandic Literary Prize, e já foi traduzido para mais de 15 idiomas.
“Os livros de Sjón são únicos. Ele consegue pegar o fio da literatura clássica e levar rumo ao futuro."
— Björk
“Uma miniatura perfeita sobre a transgressão e a sobrevivência.”
— The Guardian, Inglaterra
“Um livro mágico, obra de um grande ilusionista.”
— Adam Foulds, Inglaterra
“A obra de Sjón faz fronteira não só com a do russo Bulgakov, mas também com a de José Saramago.”
— Chris Power, Inglaterra
Mánasteinn, o menino que nunca existiu é o livro nº 8 da Ponto Edita.
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