Memorial de Aires é o último romance de Machado de Assis, publicado em 1908. Nesta obra, o Conselheiro Aires, introduzido no romance anterior do autor - Esaú e Jacó, de 1907 -, retorna, dessa vez como o protagonista. Aires, aposentado depois de trinta anos de carreira diplomática no exterior, após perder a esposa e agora vivendo na solidão, resolve escrever um diário em que fala sobre si, sobre o casal Aguiar e sobre os filhos deles: Tristão e Fidélia.
A narrativa, de caráter episódico e não linear, serve como uma distração para a tristeza e tédio da velhice. Como a crítica normalmente aponta, o Conselheiro Aires é um alter ego de Machado de Assis, e esta obra, até pelo formato de diário que apresenta, possui um notável tom autobiográfico.
Ficção / Literatura Brasileira / Romance