A guerra psicológica consiste essencialmente no manejo da palavra falada e escrita com o propósito de abalar o moral do inimigo e abreviar as operações bélicas. Levada a cabo com destreza poderá poupar muitas vidas. Caso contrário, repercutirá negativamente sobre o adversário, irritando-o e robustecendo a sua capacidade de resistência. Em tempo de paz, o emprego criterioso de métodos e conceitos de guerra psicológica é de suma importância para impedir a eclosão de um conflito armado. Usados com fins escusos ou sem a devida cautela agravarão sobremaneira as latentes tensões internacionais, pondo em risco a coexistência pacífica entre os povos. O autor deste livro participou, durante a Segunda Guerra Mundial, em atividades de guerra psicológica, ligadas ao setor da radiopropaganda. Ainda que sujeitas a falhas e imperfeições, inerentes a qualquer empreendimento humano, as reminiscências aqui registradas representam o reflexo fiel dos diários de guerra do autor, assim como de outros documentos da época por ele conservados ou consultados.