Um autor que tem alergia a fábulas e se irrita com bichos falantes escreve lembranças da infância: a coleguinha Helena tinha um cabelão vermelho, o professor de ciências dava bronca em Robertão, a professora Lucinha um dia quis apresentar o namorado aos alunos. São situações semelhantes àquelas que toda criança vive na escola. Marcelo Coelho narra esses acontecimentos segundo a lógica cristalina em que as crianças são especialistas. Com isso, as cenas evocadas se metamorfoseiam, perdem todo o ridículo e podem emocionar todas as pessoas, crianças ou não.