Duas reações frequentes ao projeto da União Europeia são o entusiasmo com a possibilidade de um continente igualitário e o receio de que tal integração ameace a soberania nacional. Luuk van Middelaar se exime de ambos os extremos neste apanhado histórico que se divide em três enfoques: primeiro, a tensão entre a coletividade europeia e os seus Estados-membros, principalmente no nível da tomada de decisões e da criação de leis; em seguida, a integração do bloco europeu com o restante do mundo, sob as condições impostas por cada circunstância histórica; por fim, o tratamento da UE para com seus indivíduos, a fim de que seus governantes não estejam desvinculados da população. Enfrenta-se, assim, um problema clássico da filosofia – “O que é e como surge a política?” –, mas em uma perspectiva nova, que só a nossa época tornou possível – talvez necessária: a da integração internacional.
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