Em ''A Escrita da História'', José Mattoso rejeita qualquer adesão completa aos Modernos, que impõem um sentido à História a partir de conceitos como "a emergência do Espírito, da Razão, do Progresso, da Liberdade, da Democracia, do Socialismo ou mesmo do Homem", e aos Pós-Modernos que, como Lyotard, "demonstram a total dispersão de sentido, a heterogeneidade insuperável da linguagem", ou proclamam "o incontrolável e o impossível como valores na sociedade actual".
[Sobre o autor]: José Mattoso nasceu em 1933. Historiador especializado na história das ordens religiosas e da aristocracia nos séculos X a XIII. Autor da obra Identificação de um País (1985), e de várias coletâneas de estudos medievais, entre as quais A nobreza medieval portuguesa (1982), O reino dos mortos na Idade Média (1996), Naquele tempo (2009) e ainda D. Afonso Henriques (2006). Estes e outros estudos foram reunidos nas suas Obras Completas, editadas pelo Círculo de Leitores em 2001-2002. Dirigiu várias obras coletivas (História de Portugal, 1993-1994; História da vida privada em Portugal, 2010-2011; Património de origem portuguesa no mundo, 2010). Recebeu o Prémio Alfredo Pimenta em 1985 e o Prémio Pessoa em 1987. Foi diretor da Torre do Tombo entre 1996 e 1998. Entre 2000 e 2005 colaborou com o Arquivo Mário Soares na recuperação dos arquivos de Timor-Leste, o que lhe permitiu escrever o livro A Dignidade. Konis Santana e a resistência timorense (2005). Em 2012, publicou Levantar o Céu – Os Labirintos da Sabedoria. Foi distinguido com o Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes em 2019.
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