A banda começou como trio e teve até um baixista que entrou com o instrumento, mas não sabia dedilhar uma nota. Num dos primeiros shows, o empresário do local nunca tinha ouvido falar em mesa de som, e a própria adesão do grupo às letras em inglês foi comédia: nenhum deles falava uma palavra do idioma do ídolo Ozzy Osbourne. Mesmo assim, desde a precária estréia em Bestial Devastation, dividindo o disco com Overdose, outra banda da cena de metal mineira, os batedores de cabeça perceberam que o Sepultura batia um bolão. Don Kaye, da revista especializada inglesa Kerrang!, foi um dos primeiros estrangeiros convertidos. Logo o selo mineiro Cogumelo, iniciado numa loja de discos, ficou pequeno demais para eles. Assinaram com a holandesa Roadrunner, com Paulo Jr., nobaixo, e já Andreas Kisser na guitarra, o impulsionador da saída do grupo do gueto do "death metal". A odisséia de decibéis, fúria e energia musical do Sepultura (com doses cavalarianas de humor e escatologia) é contada com riqueza de detalhes - incluindo a saída de Max em 1997 e a entrada do novo vocalista, Derrick Green.
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