Quase todas as pessoas que estimo perguntaram por que eu estava escrevendo um livro a respeito de busca. Um livro a respeito do Google como empresa, isso eles podiam entender. Mas por que a busca? Porque através dela se pode contar a história da moderna era da Internet em todas as suas nuances culturais e comerciais...."
O que quer o mundo? De acordo com John Battelle, a empresa que responder a essa pergunta ? em todas as suas nuances de significado ? poderá liberar os mais insondáveis mistérios dos negócios e também da própria cultura humana. E nos últimos anos, é exatamente isso que o Google vem fazendo.
Entrando no jogo muito depois da Yahoo, AltaVista, Excite, Lycos e outras pioneiras, o Google ofereceu uma nova e radical abordagem à busca, redefiniu a idéia de marketing viral, sobreviveu ao colapso das ponto-com e conseguiu a maior e mais comentada oferta pública inicial da história do Vale do Silício.
Mas A Busca oferece muito mais que a história interna do triunfo do Google. Também é um livro a respeito do passado, do presente e do futuro da tecnologia de busca e do enorme impacto que ela está começando a ter sobre marketing, mídia, cultura popular, namoro, busca de emprego, direito internacional, liberdades civis e qualquer outra esfera de interesse humano.
Mais do que qualquer das suas rivais, o Google tornou-se a entrada para o conhecimento instantâneo. Centenas de milhões de pessoas usam-no para satisfazer seus desejos, necessidades, temores e obsessões, criando um enorme artefato que Battelle chama de Base de Dados de Intenções. Por exemplo, em algum lugar nos arquivos da Google, você pode encontrar a pesquisa sofrida de um gay com AIDS, a conspiração silenciosa de um candidato a criador de bombas e a ansiedade de uma mulher verificando seu encontro no escuro. Combinada com as bases de dados de milhares de outras empresas movidas pela busca, grandes e pequenas, ela se transforma numa mina de ouro de informações nas quais poderosas organizações irão querer pôr as mãos.
Ninguém está melhor qualificado para explicar todo este fenômeno do que Battelle, co-fundador da Wired e fundador de The Industry Standard. Talvez mais que qualquer outro jornalista, Battelle dedicou sua carreira à descoberta do Santo Graal da tecnologia ? algo que cause tantas transformações quanto foi o Macintosh nos anos 80. E ele finalmente o descobriu na busca.