Carinhas(os) Urbanas(os) é um livro de arte e poesia, cujo tema é a beleza dos prédios neoclássicos do Centro Velho de São Paulo. Os fotógrafos, criadores do ensaio Diálogos com a Cidade, percorreram as ruas do Centro com suas câmeras e clicaram as carinhas das pessoas ou criaturas que nos espreitam do alto dos prédios. Tristes, alegres, carrancudas, ocupadas, não importa, são carinhas que transmitem o carinho que os arquitetos e artesãos tinham pela cidade e seus habitantes. Um carinho que nos brinda ainda hoje.
Prefaciado por Heródoto Barbeiro, Carinhas(os) urbanas(os) tem seu valor reconhecido por este renomado jornalista, que exaltou a beleza da paisagem urbana e criticou o descaso das autoridades com o Centro Velho, verdadeiro museu a céu aberto. Ainda para o jornalista, “vale a pena percorrer São Paulo com este livro nas mãos e descobrir onde estão os detalhes flagrados pelos autores. É um instigante pela arquitetura, literatura e memória de São Paulo”.
Já para a arquiteta e urbanista Regina Prosperi Meyer, “não haverá diálogo com a cidade sem simpatia, sem afeição, sem lembrança e sem poesia. Fazer falar as carinhas que ornamentam a cidade pré-moderna é uma forma bonita de buscar manter o diálogo”. E afirma não conseguir atravessar a praça Antonio Prado, ao pé do Martinelli sem evocar Oswald de Andrade:
A felicidade anda a pé
Na Praça Antonio Prado
São 10 horas azuis
O café vai alto como a manhã de arranha-céus.