Ensaio histórico, antropológico, sociológico, "Os Franceses" é um guia de como conhecer o que há de mais típico na França: o próprio povo.
Cidadão daquela ilha do outro lado do Canal da Mancha que há séculos sustenta com a França uma arraigada rivalidade, o inglês Theodore Zeldin, intrigado com o "consenso" de que o francês é o povo mais antipático da Europa, dedicou longos anos a desvendar os humores, prazeres e pudores deste povo, no qual se tornou o maior especialista - o que os próprios franceses admitem.
Esta obra, escrita com o bom humor e o olhar amoroso que caracterizam o trabalho de Zeldin, é uma resposta ao dito popular segundo o qual "se você for um estrangeiro, será convenientemente informado de que nunca poderá conhecer direito os franceses". Partindo de relatos pessoais de homens, mulheres e crianças, e apoiado em monografias, jornais, revistas, publicações governamentais e estatísticas, Zeldin produziu um mapa da distribuição regional de atitudes e temperamentos, medos e esperanças.
Investigando as mais diferentes instituições francesas tradicionais - da universidade ao asilo, da igreja à escola central do Partido Comunista -, norteando-se por paixões e tabus, o autor analisa o cotidiano, ao mesmo tempo traçando fronteiras entre os franceses, desconhecidas deles próprios, e mostrando que ninguém é um completo estrangeiro quando está na França.