Com Veneno, sombra e adeus, Javier Marías, um dos maiores nomes da literatura contemporânea, considerado por Roberto Bolãno o melhor romancista em língua espanhola de seu tempo, fecha seu romance monumental, equilibrando doses equivalentes de humor, suspense e reflexão.
"A gente não deseja, mas sempre prefere que morra quem está a seu lado, numa missão ou numa batalha, numa esquadrilha aérea ou sob um bombardeio ou na trincheira." Assim começa Veneno, sombra e adeus, terceiro e último volume de Seu rosto amanhã, o ambicioso thriller metafísico de Javier Marías que, por fim completo, se revela como uma das mais altas realizações literárias do nosso tempo. O narrador e protagonista, Jacques ou Jaime ou Jacobo Deza, acaba conhecendo aqui os inesperados rostos dos que o rodeiam e também o dele. Descobre então que, sob o mundo mais ou menos tranquilo em que os ocidentais vivemos, sempre lateja uma necessidade de traição e violência que é inoculada em nós como um veneno.
Com seus novos e cruciais episódios em Londres, Madri e Oxford, com seu desenlace atordoante, encerra-se aqui uma história que é muito mais que uma história apaixonante, contada com a mestria de um dos melhores romancistas contemporâneos, e talvez o mais profundo e ousado.