dramosn 16/06/2017
Que obra!
Assim como o primeiro livro que li do autor JRS, “A Vida Num Sopro” trás um romance histórico na década de 30 aqui em Portugal, aonde naquela época, ainda era um país conservador e que punia severamente os que estavam contra o regime imposto. Devo admitir, que desde as primeiras páginas, a história me prendeu de tal forma, que sempre ansiava para saber o restante!
Tudo começa em Bragança, uma cidade pequena ao norte do país onde Luís António Afonso, conhece a encantadora e única Amélia Rodrigues. A paixão dos dois crescem a cada dia e transforma-se em um amor verdadeiro e puro. Mas nem todos estão felizes com isso, e a própria mãe de Amélia, planeja uma separação definitiva entre eles. E por um triste fim do destino – Amélia e Luís são separados ainda no liceu (ensino médio daqui).
Mas nem a distância e o tempo, faz que ambos se esqueçam um do outro. Luís nunca conseguiu esquecer a grande e única amada, a verdadeira mulher que amou profundamente. E mesmo com os anos, faculdade e outras namoradas, Amélia é a dona de seus pensamentos e coração. Com uma coincidência do destino – ou não – após Luís forma-se em médico veterinário em Lisboa, ele é convocado para entrar a tropa portuguesa (exército) como alferes veterinário.
Mesmo nos anos atrás, descobrindo que Amélia havia se casado com outro, Luís nunca perdeu a esperança de encontrá-la. E assim, novamente, os dois voltam a se encontrar na cidade de Penafiel e para sua maior surpresa, Amélia era casada com seu capitão – Mário Branco. Como isso pode acontecer, não é? Quando isso acontece, nosso coração vai na boca e ficamos igual Luís quando a vê após anos!
Esse romance, nos mostra que nem o tempo, nem a distância pode nos fazer esquecer um amor de verdade. Enquanto isso, uma guerra civil acontece na Espanha para piorar tudo à todos. E o livro começa a ter duas visões/históriass distintas: na guerra civil na Espanha e em Portugal, mas exato em Penafiel e ao arredores. Nos fazendo ter um entendimento aprimorado e completo da situação naquela época.
Olha, devo admitir que eu gostei mais desse livro do que o “O Anjo Branco” que seria um spin-off ou o livro após esse, pois um entrelaça no outro, acredita? Achei um máximo isso! Mas o que mais me chamou a atenção, foi o final MAGNÍFICO que este livro teve. Acho mesmo sendo um final arrebatador e profundo, não teria outra oportunidade e encaixe perfeito para tal. Lembra-me “Jack e Rose”, do filme Titanic. Um amor proibido, mas sincero que somente a vida pode os separar! Que obra maravilhosa que o JRS nos presenteou! Realmente, a cada dia, estou a me encantar mais por ele e sua escrita e histórias. Um excelente autor, indico à todos que leiam “A Vida Num Sopro” ou qualquer obra dele para confirmarem minha teoria.
Luís e Amélia, sempre estará no meu coração, como o casal que nem a vida pode abalar o amor entre eles. E mesmo o destino fazendo de tudo para os ver longe um do outro, o céu e a terra, se juntam a favor da beleza do amor. Uma frase que o personagem sempre dizia e que me fez refletir muito foi: “Viver é sofrer“.
Viver é sofrer. Mas temos que achar o nosso propósito de sofrimento e vida. Você já encontrou o seu? Acha que viver é sofrer? Leia esta obra incrível e sua opinião e visão sobre o mundo mudará um pouco…
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