Rafael1548 15/03/2024
LEITURA ARRASTADA
Que dureza ler esse trem! Parecia que eu estava dissecando um cadáver e não num deleite da alma com a arte.
Nas considerações iniciais, o autor afirma: " Minha contribuição foi apenas fazer aplicações práticas dessas classificações seculares para que cada indivíduo possa examinar a si mesmo ... (p.8)" Aqui pode passar uma boiada e podemos engolir inúmeros camelos. Em relação a esta afirmação, salvo engano, não encontramos na Bíblia instrução para conhecer a nós mesmo. A frase célebre "conhece-te a ti mesmo" é de Sócrates e não do Deus Todo Poderoso.
A Bíblia, contrariando essa afirmação carnal e demoníaca, nos ordena conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor; que nosso coração é enganoso e extremamente corrupto. João Calvino afirma que o coração do homem é uma fábrica de ídolos. Corrobora para esse entendimento as próprias palavras de Calvino: "Tudo que você ver de bom em mim é Cristo. Tudo que você ver de ruim sou eu mesmo".
Mais a frente, LaHaye afirma: "não se ponha a analisar o temperamento de uma pessoa, a não ser que isso contribua para melhorar seu relacionamento com ela..." (p. 24). Se há esta advertência, então tem história. Por experiência própria vejo que os seguidores dessa linha não são tão fiéis a esta orientação. Na maioria esmagadora que achegou-se a mim fizeram ao contrário disto. Pegaram um momento isolado da minha vivência e "fizeram um recorte fotográfico" e delimitou toda minha existência nisto. Não existe nada tão asqueroso e nojento quanto isto. Uma pessoa não tem caráter de "comer 1kg de sal" e traçar perfis de forma arbitrária sobre a pessoa. Tenebroso!
Outro ponto a ser destacado é que o autor afirma que uma pessoa pode ter porcentagens dos temperamentos, mas que um irá sobressair (p.28). Aqui foi uma "salada de fruta" e um "balaio de gatos". É como uma pessoa ser de gêmeos, com ascendente em peixes e estar sobre influência de Júpiter.
No decorrer ele utiliza de 4 personagens bíblicos para traçar algumas características que se ajustem em sua tese. Em referência a Paulo, ele usa frases de autoajuda constantemente, mas uma coisa me chamou a atenção. Tim usou muitas expressões de possibilidade: "se"; "provavelmente". Isto demonstra uma pequena forçada para defender a sua visão.
No último capítulo teve uma contação de caso inútil que não presta para nada porque creio que: pessoas diferentes, exigências diferentes.
Um ponto positivo é que o autor meteu o pau em Freud.