Gusma 25/06/2024
Bom mas com ressalvas
A escrita da Zélia é muito gostosinha, parece que você tá conversando com uma amiga íntima e ouvindo as histórias dela. Mas por ser uma escrita em fluxo de consciência, em vários momentos ela foge da temática pra mil assuntos e história que ela viveu que tem zero a ver com a casa do rio vermelho. Grande parte do livro conta sobre várias viagens dela e do Jorge, que embora sejam legais também de saber, em alguns momentos eu fiquei meio bolada.
Outro ponto, foi que em vários momentos ela faz listas grandes sobre todos os nomes das pessoas intelectuais que rodavam ela e no início eu ficava impressionada, pois muito chique, mas depois da milésima vez eu já ficava "okay, seus amigos eram chiques, legal".
Por último, uma questão que me deixou pessoalmente triste, foram os relatos sobre como ela enxergava o Jorge. Muitas vezes largando de coisas que queria, que achava bonito, que achava legal, já que sua maior vontade era deixá-lo feliz. Dá vontade de dar um abraço nela e falar "mulher, você é incrível, não tem que atender todas as maluquices desse marmanjo velho, ele sabe se cuidar".
Ao mesmo tempo, é impossível sair desse livro sem ter a vontade de viajar e ter uma casa com vida, com amigos, música, arte e uma boa família. E ao visitar a casa deles ano passado, posso afirmar que lá é realmente tudo isso e muito mais.