O eterno marido

O eterno marido Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Eterno Marido


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Lucas.Pasqualini 02/08/2020

Irreverente e instigante
História ao mesmo tempo bizarra e genial. Uma mistura que ficou engraçada e dramática ao mesmo tempo. Nunca li nada igual.
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Dabby.Felix 17/08/2020

...
A priore a leitura começa lenta, mas de repente dá um salto conforme a história vai passando. Toda história é norteadas por uma forte tensão entre o eterno marido e o amante, com reflexões e o mistério da dúvida narrado deliciosamente.
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Andrea.Salles 04/09/2020

Um livro com uma estória estranha, mas engraçada. Às vezes meio lento e confuso. Mas acho que vale a pena ler.
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Roberto Soares 25/11/2020

Amado por muitos e subestimado por alguns (incluindo o próprio autor), “O Eterno Marido” é meu primeiro contato com o russo Fiódor Dostoiévski. Pode-se dizer que é minha iniciação em campo raso antes de me arriscar nas atmosferas profundas de “Crime e Castigo” e “Os Irmãos Karamazov”. Não que com “raso” eu queira dizer “simples”. Ah não! Aparentemente, isso não existe neste autor. Afinal, estamos falando de uma das mentes que influenciaram o próprio Sigmund Freud. Basicamente, aqui é narrada a história de um encontro entre um viúvo traído e o amante de sua esposa morta, e, nessa trama, Veltchanínov e Pávlovitch me fizeram experimentar algo beirando o terror psicológico. Não se sabe (até a última página) o que o outro sabe, o que apenas suspeita e o que simplesmente ignora. Dostoiévski não permite que nos familiarizemos com os personagens. A amabilidade sincera e a hipocrisia charlatã, a moderação e a demasia, o eros e o ethos, a tortura e o alívio, o remorso e a absolvição: tudo isso é revelado de forma arbitrária na mente de dois homens aflitos. Estamos totalmente reféns do ego do autor, sem liberdade para vasculhar por conta própria a psique daqueles dois homens tão ambíguos e tão imprevisíveis. Não que isso seja negativo. Isso é feito de forma sóbria, em um fluxo que torna o enigmático como algo plenamente justificável. Nunca se sabe o que pode acontecer, mas tudo o que acontece faz perfeito sentido; nunca é possível antever para onde estamos sendo levados, mas, quando chegamos, sentimos estar no lugar certo; assim como o próprio psiquismo humano, o inesperado tem raízes mais antigas e mais autênticas que qualquer fruto da premeditação.

“O que há de verdadeiramente aterrador em Dostoiévski é que seus livros são nutridos com a sua carne, o seu sangue, a sua alma, a sua vida, com todos os seus pensamentos e o seu sofrimento integral.”
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Isabela.Tarosso 17/06/2021

A obra tem uma mistura bem equilibrada de suspense, drama e humor. Acho que o mais interessante na obra é a construção do personagem Páviel Pávlovitch, que é totalmente contraditório e espontâneo. Inclusive durante alguns momentos me perguntava porque o autor não escolheu contar a história da perspectiva desse personagem, mas no final acho que dar o protagonismo para o Vieltchâninov acabou dando um suspense que não teriamos pela perspectiva do Pavlovitch. Enfim, recomendo a leitura!
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Geovana 06/12/2021

É o meu segundo contato com o Dostoiévski, e embora curto, o livro passa a impressão de ser denso. Possui muitas nuances e muitas lacunas que, talvez, devido a minha ignorância não consegui compreender a carga significativa. O livro inteiro foi carregado de um mistério pesado que não teve fim, até mesmo após a resposta do ponto principal do enredo fica o sentimento de algo mal resolvido.
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anna 31/12/2021

Um ótimo livro
Queria começar falando que se você torce o nariz em ouvir falar em literatura russa, tenha medo de encarar suas obras: comece por essa!

Que livrinho genial! É um livro fluido e envolvente, repleta de diálogos que facilitam a leitura. Você consegue ler rapidinho, juro!

Sobre a obra em si: Trata-se de um tema recorrente na literatura europeia do século XVI: o adultério feminino.
A mulher pivô do triangulo amoroso já está morta (não é spoiler), e o livro baseia-se em diálogos entre o Eterno Marido e o ex-amante. Desconfio que não exista escritor que consiga descrever melhor a alma e o sentimento humano que Dostoievski, e nesse romance ele o faz com maestria: O amante é um playboy de classe alta, narcisista, neurótico (beirando ao que conhecemos hoje como Episodio Depressivo) sem remorsos, (o equivalente do século XXI ao “rei do camarote” haha), que, como diz Renato Russo, “desvirginava mocinhas inocentes e dizia que era crente mas nem sabia rezar”. Bom, as mocinhas não eram tão inocentes, ele mantinha relações com algumas casadas, como é o caso da falecida Natália, esposa de Pavel (do titulo do livro).
Pavel é um homem submisso, que “nasceu para ser marido”, deixava a esposa falar em seu lugar. E quando ele perde a esposa perde consigo seu sentido de vida: o de ser esposo, e então se afunda em bebidas, prostitutas e negligencia parental com sua filha.
Natalia, a falecida, é citada poucas vezes, mas sua personalidade não deixa de ser bem construída: Dostoievski a coloca como uma mulher que nasceu para trair, casava virgem para que depois pudesse “pular a cerca quantas vezes quiser”. E antes que alguém pense “ah, que anti feminista”, o contrário. Ele colocou a mulher no mesmo patamar que o homem, que pode trair mesmo tendo uma vida boa. A mulher, igualmente, nao precisa sempre ter um motivo estrondoso para tal.

O livro é muito bom, divertido, irônico e com umas pegadas psicanalíticas que, MEU DEUS! A relação de amor x ódio (“ele queria me beijar ou queria me matar? Talvez nem ele soubesse”)
Terei que ler novamente alguns capítulos porque ainda desconfio que um dos personagens tivesse tendencia homoafetiva se escondendo atras de um papel de submissão (ou de ate desconfiar das traições da esposa e sentir prazer com tal).
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Cintia F. Leite 03/01/2022

Madame Bovary Russa
Publicada em 1870, a novela O Eterno Marido é a demonstração de um conflito psicológico intrigante e envolvente entre o amante (Aleksei Ivánovitch Veltchanínov) e o marido traído (Pável Pávlovitch Trussótski) da falecida, Natália Vassílievna. Tudo começa com o reencontro, após quase uma década, das duas figuras masculinas, o viúvo e o ex-amante. Eles relembram do passado e vivem momentos de extrema emoção e ódio. O fio condutor da história será o diálogo entre os dois, assim Dostoiévski explora temas, como: casamento, moralidade, amor erótico, traição, vingança, tortura mental e neurose.

Uma espécie de Madame Bovary russa. Em O Eterno Marido, Dostoiévski escreve sobre adultério feminino e transfere às suas mulheres qualidades tidas como masculinas. O caráter decidido e dominador de Natália Vassílievna faz com que suas infidelidades jamais pesem na consciência. A esposa do eterno marido o trai com os amigos em comum, estando sempre pronta a denunciar a depravação dos costumes.

Considerado um dos romances curtos mais bem sucedidos de Dostoiévski. Em O Eterno Marido, o autor russo desenvolve os dilemas e sentimentos envolvidos desde o começo de uma desconfiança da infidelidade até o momento da descoberta da traição e o surgimento do desejo de matar o rival. O ciúme é elaborado em função de um personagem cheio de fragilidades como Pável Pávlovitch, propenso a uma passividade que o expõe ao ridículo, e as suas tentativas de abafar os seus ressentimentos e alcançar a felicidade a todo o custo. A obra escrita em três meses quando Dostoiévski não possuía dinheiro nem para colocar seu manuscrito no correio rendeu um clima de sarcasmo, ironia que beira a loucura.

Acompanharemos nesta leitura as peculiaridades e fraquezas do caráter humano. Pável Pávlovitch é o eterno marido, pois se dedica constantemente a fazer de tudo pela pessoa amada, sem muito senso crítico.

Para saber mais sobre o livro e conhecer outras obras literárias, visite meu blog @MELKBERG
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Cintia430 04/01/2022

O Eterno Marido do Dostoiévski se revelou uma leitura bem prazerosa para mim. Com situações dramáticas, momentos cômicos e até um pouco de suspense, a narrativa dele nos apresenta um triângulo amoroso, personagens interessantes e diálogos muito bem construídos.

Dizem que esse livro é uma ótima opção pra quem quer começar a ler literatura russa e não discordo. A trama é envolvente e a escrita flui facilmente. Eu amei!

"Sim, ele amava, odiando, e este é justamente o amor mais profundo?"
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gleysonWHO 15/01/2022

Sim, ele me amava com maldade
Há gênios que não apreciam todas as suas obras. Assim foi com Leonardo da Vinci e assim foi com Dostoiévski, este último chegando ao ponto de admitir que não havia gostado de O Eterno Marido, opinião não compartilhada por grande parte de seus leitores e especialmente pela crítica. Fico do lado da crítica desta vez. Como é possível não gostar desta pequena e peculiar obra-prima? Este livro traz Dostoiévski bem ao estilo do já escrito, na época, Crime e Castigo, porém com uma psicologia, em certo ponto, mais tragicômica. Todo esse aspecto caricato é permeado também por um suspense incômodo, que não admite que o leitor tome a frente e pense por si só. Aliás, convém voltar a este ponto alguns parágrafos adiante, depois de exposto um pequeno conjunto dos acontecimentos principais.
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emmanuelqueiroz 15/01/2022

Definitivamente este é um Dostoiévski dispensável, ao meu ver... Além disso, as péssimas tradução e revisão contribuíram para este "desgosto".
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Marcus303 01/07/2022

Resplendor de maturidade
Tanto a narração, a construção dos personagens e a escrita demonstram bastante maturidade do Dostoievski na criação dessa obra. Não a toa foi escrita entre dois grandes monumentos literários (Os demônios e O Idiota). A história toma ares muito imprevisíveis, como se fosse uma peça de teatro. Em determinado momento nos encontramos entre uma briga de gato e rato entre Vieltchâninov e Pável Pávlovitch.
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Maria.Eugenia 27/07/2022

Esperava mais desse livro.
Particularmente não é a minha obra preferida de Dostoiévski, mas um livro bacana para ser lido sem pressa.
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Giulia.Costa 04/01/2023

Escrita genial
Que leitura incrível. Fui completamente surpreendida pelo autor. Conhecia de ouvir falar, mas agora os meus próprios olhos enxergaram a genialidade por trás da escrita de Dostoiévski.
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