O Martelo das Feiticeiras

O Martelo das Feiticeiras Heinrich Kramer...




Resenhas - O Martelo das Feiticeiras


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Lenon, André Lenon 09/04/2022

Um livro histórico, maligno e indigesto, que serve para ter uma noção de como os tempos antigos já foram malignos e que até mesmo algo teoricamente sagrado como a religião, quando se mistura com política e poder, se corrompe de maneira repugnante.
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Quaderna 11/10/2024

O Tratado da Desgraça e da Injustiça
Pois bem, meus estimados, o que temos aqui é um livro que exala o cheiro amargo da intolerância e do medo, temperado com uma dose cavalar de fanatismo. O tal ?Malleus Maleficarum?, conhecido como ?O Martelo das Feiticeiras?, foi escrito lá pelos idos de 1487 por dois inquisidores, Heinrich Kramer e Jacob Sprenger. Esses cabras, de batina preta e coração de pedra, reuniram nesse tomo um conjunto de acusações, crenças e absurdos que fez de milhares de mulheres o alvo de uma verdadeira caça, com um fervor que só a ignorância pode incitar. Fez-se, então, um martelo para estraçalhar vidas sob a bandeira de ?caçar? feiticeiras, as ?culpadas? por tudo que desandava no mundo: da colheita ruim à peste negra.

O livro em si é uma narrativa retorcida que mistura superstição, temor e falsa erudição. Kramer e Sprenger se arvoram em autoridades, tecendo teses mirabolantes sobre como as bruxas pactuavam com o demônio, voavam, traziam tempestades e faziam todo tipo de feitiçaria. E, claro, para detectar essas malvadas, apresentaram um manual repleto de métodos que fariam o próprio Cão chorar de vergonha. Tinha de tudo: desde interrogatórios tortuosos até as mais bizarras ?provas? de bruxaria. Esse livro infame se espalhou feito fogo em palha seca e deu um empurrão danado nas fogueiras inquisitoriais por toda a Europa, uma verdadeira tormenta sobre as pobres mulheres acusadas de pacto com o maligno.

O que mais causa espanto é a crueza da misoginia plantada fundo nesse livro. O ?Malleus Maleficarum? pintava a mulher como o terreno fértil da maldade, apontando a fragilidade delas como porta de entrada para o demônio. Essa desgraça literária ajudou a consolidar uma visão deturpada do feminino, que ressoou durante séculos e moldou muito do que hoje ainda vemos: a violência contra a mulher, que persiste em tantas formas. Apesar de seu inestimável valor histórico, esse tratado de ódio, mais que um manual de caça às bruxas, foi uma arma contra o próprio gênero feminino, e sua influência nefasta se espalhou pelo mundo feito erva daninha, enraizando preconceitos e justificando atrocidades que ainda ecoam nas sombras da nossa história.
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Thais 15/04/2020

Bizarramente interessante
O livro é um manual real e que foi utilizado de como identificar bruxas através de justificativas atualmente absurdas, mas que na época eram amplamente aceitáveis dada a mentalidade e interesses histórico-políticos.

Leitura desagradável em conteúdo, mas riquíssima em informações sobre o tema.
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Caser 11/03/2020

O livro em si, escrito pela (de)mente de um padre da idade média, é um manual para identificar bruxas.
Li apenas o prefácio (até a pág. 41) e parei aí; comprei sobretudo pela belíssima introdução histórica ao livro, escrito por Rose Marie Muraro: escritora, intelectual e feminista brasileira.

Um dia, quem sabe, retomo a leitura.
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Andre.Crespo 04/05/2009

A Inquisição "sem calças"
Livro que esotu lendo ainda e que foram escritos por dois padres inquisidores e que conta os "métodos" que a igreja usava na Inquisição. Falta tempo, pois o livro é enorme. Um dia eu ainda o termino...
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J.P. Lima 04/02/2020

Bruxas
É o livro mais indispensável para se conhecer sobre a mitologia das bruxas. Na verdade, esse é o livro base de tal mitologia tal como a conhecemos em nossos dias. Houve predecessores, claro! Por exemplo, "formicarius". Ambos se completam.
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Eliseu 14/03/2019

O Martelo das Feiticeiras
Tenso! No capítulo 2 de "Deus não é grande - como a religião envenena tudo", Christopher Hitchens não se esquiva e vai direto ao ponto: "A religião mata". O Martelo das Feiticeiras é um manual escrito por dois inquisidores que ensinavam, passo a passo, como proceder na identificação, no julgamento e na punição contra as mulheres, que por uma série de motivos, podiam ser consideradas como bruxas. Dois aspectos são essenciais para entender como tudo foi possível (a caça, a tortura e a execução de milhares de mulheres): 1° a lavagem cerebral exercida pelas religiões que acaba gerando comportamentos condicionados e 2° a forte repressão e desvalorização que existia no período em questão (Idade Média e Idade Moderna) em relação as mulheres e as questões femininas. Era um ambiente extremamente desigual e machista onde a Igreja exercia o seu poder com um modelo culpabilizador da existência dos mais fracos. Num mundo tão desfavorável para as mulheres , usando o medo que se alastrava através da obediência cega, a Igreja de homens demonizou e matou milhares de mulheres. O Martelo das Feiticeiras é documento aterrador que atesta até onde pode ir a estupidez humana motivada por crenças e valores duvidosos.
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Carvalho 07/01/2017

Para quem quer entender a Idade Média
Pra entender a boa parte da Europa da Idade Média, é necessário lembrar que eram tempos comandados pela religião e pelo medo. E esse livro é absolutamente Histórico, um tratado sobre a Inquisição. Para se entender os horrores que se passavam na cabeça dos menos afortunados de conhecimento.
Absolutamente maravilhoso como forma de observar a História.
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Viick 28/01/2013

Minha Leitura:
O livro possui duas introduções, a de Rose Marie Muraro - que trata da posição da mulher nas sociedades ao longo dos séculos e que é a mais fácil de ler - e a de Carlos Byington - que é muito interessante e fala da distorção do mito cristão ao longo dos tempos, fala de certos aspectos da psicanálise, que não consegui entender plenamente por não saber quase nada sobre o assunto.
Após a introdução, vem a Bula Papal, que é a autorização do papa para as torturas da Inquisição.
Chega então a primeira parte, maçante e cheia de argumentos absurdos, em que se acusa qualquer coisa que discorde da visão da igreja de heresia. Essa parte mostra deus como "chefe" do diabo, e há uma confusão tremenda nos conceitos de castigo divino e castigo malévolo. O autor nunca se aprofunda em suas observações e as termina com "não me aprofundarei por motivos de brevidade".
Na Questão II existem duas passagens muito absurdas que falam sobre o olhar do basilisco e sobre o cadáver que jorra mais sangue quando perto de seu assassino.
A observação do tempo e das estações é extremamente desmerecida, taxada como coisa demoníaca.
Ainda não terminei a primeira parte, tem sido difícil avançar na leitura por motivos de: preguiça.




Citações Literárias:
Beyond Power- Marilyn French
The Masks of God: Occidental Mithology
Witches, Nurses and Midwives- Deirdre English and Bárbara Ehrenreich
História da Sexualidade- Michel Foucault
Summa Contra Gentills
Secunda Secundae
Flores Regularum Moralium
De Passionibus Aeris
Livro das Sentenças da Inquisição

Pessoas citadas:
Al-Ghazali
S. Tomás
S. Agostinho
S. Gregório
S. Isidoro
Vincent de Beauvais

Trechos:
"Em cada menino nascido no sistema patriarcal repete-se, em nível simbólico, a tragédia primordial. Nos primeiros tempos de sua vida eles estão imersos no Jardim das Delícias, em que todos os seus desejos são satisfeitos. E isto lhes faz buscar o prazer que lhe dá o contato com a mãe, a única mulher a que têm acesso. Mas a lei do pai proíbe ao menino a posse da mãe. E o menino é expulso do mundo do amor, para assumir sua autonomia e com ela, a sua maturidade. Principalmente, a sua nudez, a sua fraqueza, os seus limites. É à medida que o homem se cinde ao Jardim das Delícias proporcionadas pela mulher-mãe que ele assume sua condição masculina."

"À mesma idade que o menino conhece a tragédia da castração imaginária, a menina resolve de outra maneira o conflito que a conduzirá a maturidade. Porque já vem castrada, isso é, porque não tem pênis (o símbolo do poder e do prazer, no patriarcado). Quando seu desejo a leva para o pai ela não entra em conflito com a mãe de maneira tão trágica e aguda[...] Ela não se desliga inteiramente das fontes arcaicas do prazer (o corpo da mãe). Por isso, também, não se divide de si mesma como se divide o homem, nem de suas emoções. Para o resto d sua vida, conhecimento e prazer, emoção e inteligência são mais integrados na mulher do que no homem, e por isso, são perigosos desestabilizadores de um sistema que repousa inteiramente no controle, no poder e, portanto, no conhecimento dissociado da emoção e, por isso mesmo, abstrato."

"As regras convencionais só eram válidas para as mulheres e homens das classes dominantes, através dos quais se transmitiam o poder e a herança. Assim, os quatro séculos de perseguição às bruxas e aos heréticos nada tinham de histeria coletiva, mas, ao contrário, foram uma perseguição muito bem calculada e planejada pelas classes dominantes, para chegar a maior centralização e poder."

"Pois, qualquer homem que erra gravemente na interpretação das Sagradas Escrituras é corretamente considerado herege. E quem quer que pense de outra forma a respeito de assuntos pertinentes a fé que não o defendido pela Santa Igreja Romana é herege. Eis a verdadeira fé."
Que é completado por: "...o Espírito Santo é capaz de conceder a um homem todo o conhecimento apenas através de sua capacidade intelectual natural sem qualquer auxílio."

"Ministrar os ensinamentos divinos, eis o que a nós é confiado: recaia sobre nós a desgraça se não semearmos a boa semente, recaia sobre nós a desgraça se não ensinarmos bem ao nosso rebanho."

"As bruxas são assim chamadas pela negrura de sua culpa, quer dizer, seus atos são mais malignos que os de quaisquer outros malfeitores. Elas incitam e confundem elementos com a ajuda do demônio, causando terríveis temporais de granizo e outras tempestades, enfeitiçam a mente dos homens, levando-os a loucura, ao ódio insano e à lascívia desregrada. Pela força de suas palavras mágicas, como por um gole de veneno, conseguem destruir a vida." - S. Isidoro.

"Porém, quis a Divina Providência que pelo exemplo de Jó os poderes do diabo se manifestassem, mesmo sobre os bons homens, de sorte a aprendermos a nos guardar contra Satã e que, pelo exemplo desse santo patriarca, a Glória de Deus se manisfestasse em seu esplendor, porquanto nada acontece sem a permissão do Todo Poderoso."

"Tais encantamentos podem ser classificados em três tipos. Em primeiro lugar há a ilusão dos sentidos - que realmente pode ser produzida por magia, ou seja, pelos poderes do diabo, se Deus assim permitir. Os sentidos também podem ser iluminados pelos poderes de anjos do bem. Em segundo lugar, há o da fascinação pelo encanto e pela sedução, a exemplo do que nos diz o apóstolo."Ó insensatos gólatas! Quem voz fascinou a vós?" Gólatas 3,1. Em terceiro lugar, há o do feitiço lançado pelo olhar sobre outra pessoa, que pode ser prejudicial e maligno."

"Querer assim provar que os efeitos do mal podem ser gerados por alguma força natural é afirmar que essa força natural é afirmar que essa força natural é a força do demônio, o que se acha, de fatom bem distante da verdade."

"Atentemos em particular, para o fato de que para a prática desse mal abominável são necessários quatro elementos. Em primeiro lugar, é necessário, do modo mais profano, renunciar à Fé Católica, ou negar de qualquer maneira certos dogmas da fé, em segundo lugar, é preciso dedicar-se de corpo e alma a prática do mal; em terceiro lugar há de ofertar-se crianças não-batizadas a Satã; em quarto, é necessário entregar-se a toda sorte de atos carnais com íncubos e Súcubos e à toda sorte de prazeres obscenos."

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brabo 14/02/2010

Só li a primeira parte, a mais de 10 anos...
Agora, para continuar talvez eu precise de fazer uma leitura dinâmica do que já li. De qualquer forma, é preciso de muito "estômago" para continuar a leitura.
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Ragana 04/11/2009

Mais um lido por obrigação dos estudos. É terrível e só tendo muito estômago pra ler.
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sami monteiro 24/05/2009

A verdade doi!
O livro apesar de interessante,da uma sensação de revolta,uma vontade de voltar no tempo só para dar uma lição em quem concordava com aquelas barbaridades.
Acho que não tenho perfil para esse livro,fico muito indignada sempre que tento.
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Letx 09/05/2009

Malleus Maleficarum
O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum) é uma espécie de manual de diagnóstico para bruxas, publicado em 1487, dividindo-se em três partes: a primeira ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes; a segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os; e a terceira regrava as formalidades para agir "legalmente" contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las, tanto nos tribunais civis como eclesiásticos. O Malleus Maleficarum traz inúmeras e exageradas descrições e, até certo ponto, apelativas e incoerentes. As teses centrais do Malleus Maleficarum fundamentaram-se na idéia de que o demônio, sob a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens para apropriar-se de suas almas. Este mal é feito prioritariamente através do corpo, único canal em que o demônio pode predominar. A influência demoníaca é feita através do controle da sexualidade, e por ela, o demônio se apropria primeiramente do corpo e depois da alma do homem. Segundo o livro, as mulheres são o maior canal de ação demoníaca. É um livro quase monstruoso, mas muito interessante para aqueles que se interessam em saber sobre a inquisição. Recomendo!
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