Eu

Eu Augusto dos Anjos




Resenhas - Eu


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caiquepessoa 03/05/2021

Introdução a poesia.
Esse livro, que me foi dado por minha mãe, aconteceu de ser meu primeiro contato com a poesia em uma visão mais madura para a mesma. A maneira como Augusto dos Anjos fala da realidade sem fantasiar idealismos me fez imergir em um mundo onde o realismo é belo, por mais dramático que pareça ser. Além de toda a qualidade que é empregada em cada uma das poesias desse livro, tenho um apego sentimental dada a situação em que me encontrava quando o li. Também por ter sido um presente da minha mãe, que sabia do meu apreço em relação as poesias de Augusto. Conhecia apenas poesias soltas e ler o livro completo foi como alimento para uma mente com fome.
Carolina.Gomes 03/05/2021minha estante
Esse livro me marcou. Nunca esqueci. ?




Guilherme.Bortolotti 13/04/2021

Eu - Augusto dos Anjos
O livro relata sobre o período conhecido como pré-modernismo inclui o início do século XX. Outro nome possível para este período é Bela Époque, que também desempenhou um papel importante no estabelecimento da crônica artística do movimento europeu. Belle Plaza se caracteriza por pedir desculpas pela modernidade e pelo desenvolvimento tecnológico, e por conquistar países que irradiam culturas como a França e a Grã-Bretanha.
O cientista alemão Ernst Haeckel (1834-1919) escreveu em seu livro "Mistério do Universo": "Em cada ramo de musgo ou grama, em besouros ou borboletas, com cuidado A inspeção nos fará descobrir primeiro a beleza. Ignorar e ignorar.” Augusto dos Anjos (Augusto dos Anjos) em seu verso também expressa as expressões imperceptíveis, microscópicas e orgânicas.
´´Há evidências em toda a alma, quando a dor nas trevas se regenera, quando o prazer a atinge com força ´´ - implica uma visão melancólica da existência, que nos permite aproximar o poeta de outra obra alemã, pessimista filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860).
Portanto, Augusto dos Anjos está longe da empolgação e da visão louvável de muitos de seus contemporâneos. Isso porque os autores sabem se distanciar de todas as escolas literárias, embora mantenham um diálogo respeitoso com todas as escolas literárias. Partindo do realismo, retém parte da crítica social e grande parte da análise do sofrimento humano.
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Adriano487 25/08/2024

O Gênio
Acre, azedo, amargo, como descrever Augusto dos Anjos. Sou da Paraíba.
Uma poesia fantástica. As vezes nos fará ter enjôo de suas linhas mas, depois, nos fará odiá-lo pelo fato de vivermos, as vezes, uma vida vazia. Linguagem pesada, biológica, alucinógena. Essa é a poesia de Augusto, ou será do Eu?
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flwermi 12/08/2024

Não o meu tipo de livro, mas interessante.
Não sei muito o que dizer sobre esse livro hehe. Li ele pra escola, e foi interessante analisar as poesias do Augusto com a turma. Mas, no geral, esse não é meu tipo de livro kkkk.
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Lilies_. 20/03/2023

Augusto tem uma escrita bastante prática, apesar dos termos científicos usados. Ele sabia bem a verdadeira forma de descrever a alma humana(na sua concepção, claro). Apesar dos poemas serem curtos, é formado por muita melancolia e pessimismo, no início é de difícil compreensão entretanto ao decorrer da leitura, você toma gosto
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legarcia 07/02/2023

A dimensão terrível
Augusto dos Anjos, nascido na Paraíba de 1884, vive em um período histórico muito marcante: a transição entre o governo monárquico para a o republicano. E a compreensão do contexto de visa do poeta, propicia a nós ferramentas para que possamos ler os textos.

Augusto era descendentes de donos de terra, os quais estavam em declínio no ínicio da República. Ele, então, vivencia na pele as consequências de fazer parte de uma família acostumada com a vida de elite que agora se via perdendo poder e influência.

E acredito que declínio seja uma palavra a ser salientada quando nos deparamos com a obra de Augusto do Anjos. A morte e a decadência humana assumem protagonismo em grande parte dos seus textos, como se o autor estivesse sempre nos fixando à ideia de que no fim, resta-nos apenas a degradação. A percepção de nossa finitude nos permite refletir sobre talvez a questão central de todos nós: o propósito de nossas vidas.

São utilizados muitos elementos da medicina e da biologia, o que acaba por reforçar o pessimismo materialista presente na obra. É como se a origem meramente material o adoecesse. Como se a decadência de seu corpo, provocada pelo curso natural do tempo, não fosse a única que o derrubasse, mas também o meio social, que destruia seu espírito, sendo este talvez o mais dolorido e arrebatador.

Há, nessa obra, poemas de excelente qualidade, tanto poética, como técnica e filosófica. Com passagens e cenas muito lindas, o autor realmente nos coloca de frente com nosso ?eu? e com questões humanas essenciais para que nos entendamos. Augusto dos Anjos com certeza é um autor que merece lugar de destaque em nossa literatura.
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laura 14/01/2023

minha obra modernista favorita até agora, me identifico demais com os poemas depressivos desse querido
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Matheus 17/10/2021

Leitura densa e muitas vezes de difícil compreensão, mas indispensável para quem gosta de poesia brasileira.
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Nimbus 24/05/2021

Melhor poema dele:
PSICOLOGIA DE UM VENCIDO

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigénesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia,
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme ? este operário de ruínas ?
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida, em geral, declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

Paraíba, 1909


Publicado no livro Eu (1912).
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Yussif 17/05/2012

Eu é o único livro de poesia de Augusto dos Anjos, publicado no Rio de Janeiro no ano de 1912.

A obra se destaca pela visão da vida, numa espécie de réplica à idealização dos temas praticados pelo Parnasianismo. Nessa obra, o autor exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia os parnasianos, utilizando palavras não-poéticas como verme, cuspe, vômito, entre outras. A obra só possuiu grande vendagem após a morte do poeta. Alguns a consideram uma obra expressionista, outros vêem nela características impressionistas, sendo comumente classificada como pertencente ao pré-modernismo brasileiro. Ele também foi considerado romântico por muitos dos seus críticos brasileiros pois sua poesia parlamentarista não agradou a todos os intelectuais negligentes da época.
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Leonardo.Oliveira 13/04/2021

Eu - Augusto dos Anjos: Um Zé Ramalho triste
Trata-se de um livro de poemas, onde a manifestação do eu-lírico é predominante.
Augusto dos Anjos faz o uso de uma linguagem cientificista e complicada em seus poemas, tanto que, para bem compreender alguns destes, é necessário lê-los mais de uma vez. Sendo sincero, se alguém me desse essa descrição, com certeza a última coisa que eu faria seria lê-lo, sem saber o quão tolo eu seria.

Com o decorrer dos poemas, pude entender o porquê do título da obra ser "Eu". Por trás de cada estrofe, por trás de cada termo usado, estava a pessoa de Augusto dos Anjos, usando destes para nos trazer para dentro de seu ser, que eu pude comparar com o de Zé Ramalho, que traz, além de uma linguagem formal, metáforas e uma relativa complexidade nos versos de suas músicas, e é no meio de tudo isso que o encontramos, um ser semelhante a sua obra/arte.

Se torna difícil comentar sobre seus poemas sem mencionar a morbidez e a melancolia, que são aspectos que se salientam na escrita do autor, e para melhor exemplificar isso, faço menção ao poema de nome "Soneto", que é direcionado ao seu primeiro filho, que infelizmente, nasceu morto com 7 meses incompletos.
Creio que estes aspectos, são os principais fatores que fazem com que ele se aproxime tanto de nós. Sim, há diferença entre o eu-lírico e o autor em um poema, mas nessa obra, eles se fazem um só. Eu poderia dizer que Augusto dos Anjos é único, mas não o faço, pois há um pouco de Augusto dos Anjos em cada um de nós, e isto é o que possibilita o bem desfrutar desta obra.
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Lua 09/11/2020

Incomensurável
Ninguém explica Augusto dos Anjos, não consigo explicar e também não quero tentar.
Se me é permitido trazer aqui apenas uma palavra adjetiva para o descrever junto com sua obra, está é: incomensurável.
Viva Augusto dos Anjos, poeta paraibano.
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Mr. Jonas 05/02/2018

Eu
O período conhecido como pré-modernismo compreende o início do século XX. Seus marcos cronológicos são os anos de 1902 (publicação dos livros Canaã, de Graça Aranha, e Os sertões, de Euclides da Cunha) e 1922 (Semana de Arte Moderna em São Paulo). Outra denominação possível para esse período é a de Belle Époque, que também vigora no estabelecimento da cronologia artística dos movimentos europeus.
A Belle Époque se caracteriza pela apologia da modernidade e do desenvolvimento tecnológico, que toma conta de países irradiadores de cultura como França e Inglaterra. No entanto, há outra vertente dessa tendência, marcada pela morbidez e pela decadência. É nela que se pode incluir o poeta Augusto dos Anjos.
O entusiasmo pelas ciências, que se manifesta na face mais otimista da Belle Époque, está também presente em Augusto dos Anjos. O cientista alemão Ernst Haeckel (1834-1919) escreveu, em seu livro Os enigmas do Universo: ?Em cada musgo ou em cada vergôntea d?erva, num besouro ou numa borboleta, um exame minucioso nos fará descobrir belezas diante das quais, ordinariamente, o homem passa sem fazer caso?. Em seus versos, Augusto dos Anjos demonstra a mesma atenção pelo imperceptível, pelo microscópico e pelo orgânico.
No entanto, versos como os de ?Monólogo de uma sombra? ? ?Ah! Dentro de toda a alma existe a prova / De que a dor como um dartro se renova, / Quando o prazer barbaramente a ataca...? ? sugerem uma visão melancólica da existência, o que nos permite aproximar o poeta da obra de outro alemão, Arthur Schopenhauer (1788-1860), o filósofo do pessimismo. Assim, Augusto dos Anjos se manteve distante da visão empolgada e elogiosa manifestada por muitos de seus contemporâneos.
Inseri-lo na linhagem da literatura brasileira também não é tarefa fácil. Isso porque o escritor soube se manter distante de todas as escolas literárias, embora sustentando com todas elas um diálogo respeitoso. Do realismo, preserva alguma porção da crítica social e muito da análise da miséria humana; do naturalismo, a linguagem cientificista, que o conduz a uma crueza expressiva sem precedentes; do simbolismo, a exploração da musicalidade; do parnasianismo, o rigor técnico de sua métrica impecável e de suas rimas raras. Tudo isso convivendo com a disposição para tratar de temas considerados então indignos de figurar em matéria poética, feito comparável ao dos modernistas, e de figurá-los com imagens grotescas, o que seria bastante explorado pelos expressionistas.
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