Alexandre, O Grande

Alexandre, O Grande Pierre Briant




Resenhas - Alexandre, O Grande


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Lucas1083 20/12/2023

Comentários informais de Lucas Baierle
Para os comentários, "reutilizei" alguns fragmentos utilizados para construir uma resenha do mesmo livro para a disciplina de História Antiga II na UFFS (Erechim) ministrada pelo Prof. Paulo Bittencourt.

A obra aparenta ser um modelo biográfico, cuja coleção com outros personagens históricos e a propaganda da editora salientam essa concepção.
Entretanto, uma rápida análise do sumário e da introdução, especificamente sobre os objetivos, métodos e assuntos abordados, vê-se que a obra não se trata de abordar em particular a história de vida de Alexandre, mas com enorme foco nos aspectos históricos do Império Macedônio, como por exemplo a representação das ações de Felipe
II, pai de Alexandre e as relações conflitantes com o Império Aquemênida.

Assim, os tópicos gerais do livro, separados de forma brilhante pelo autor, que permite entrar na obra por inúmeras portas (algumas mais difíceis do que outras) e não apenas seguindo uma leitura linear, são sobre as origens da conquista e os objetivos pessoais de Alexandre, a natureza e a relevância da resistência (ou sua ausência), o modo que os territórios conquistados eram organizados e as relações entre os conquistados com os conquistadores.

Dado o exposto, é mister o entendimento que o público-alvo podem ser profissionais acadêmicosque utilizando a obra como fonte bibliográfica, buscam um processo contínuo de aprendizagem.
Mas por outro lado, o livro também pode ser estudado por estudantes de outras áreas para haver um interesse interdisciplinar ou meramente por curiosidade pessoal, pois apesar da obra em muitos casos largar "uma chuva de informações", com uma rápida abordagem na contextualização da época com materiais extras tornam a obra muito divertida por possuir inúmeras questões sem respostas e eventos descritos de modo muito relevante.

Levando-se em consideração a organização geral do livro, que já é suficiente para despertar curiosidades no leitor (que não obrigatoriamente vão ser respondidas com uma resposta concreta, o que deixa ainda mais interessante), trata-se de primeiramente de abrir a jornada de leitura com um prólogo, para depois introduzir e entrar nos objetivos da produção, que são: As grandes etapas da conquista (334 a.C. - 323 a.C.); Origens e objetivos da conquista; As resistências à conquista;
Administração, defesa e exploração dos territórios conquistados; Alexandre entre macedônios, gregos e iranianos; conclusão com As incertezas da sucessão e as orientações bibliográficas.

Por outro lado, acho que a uma ?chuva de informações? sem contextualização no primeiro capítulo (as grandes etapas da conquista) sobre as batalhas, tornando a leitura cansativa e sendo mais interessante começar a leitura pelo capítulo dois após já ter sido lida o prólogo e a introdução. Assim, é possível ter o cenário em mente dos acontecimentos e consequências daqueles fatos dos conflitos.

Adorei alguns pontos específicos, como a dualidade de Alexandre ao incendiar Persépolis em momentos de pacificação com as elites persas, suas tentativas de aparecer de modo heroico, sua aproximação com os iranianos que gerou oposição entre os macedônios; e por outro lado, todas suas racionalidades com a administração das Satrapias, com origens e objetivos expansionistas bastante políticos e superando algumas resistências de modo "racional".

Portanto, por essas contemplações a obra merece destaque e recomendação para profissionais na área de História, mas não só. Com as brilhantes escolhas temáticas e a metodologia nas abordagens, os leitores poderão entender mais sobre a figura do célebre Imperador, atrelada ao Império Macedônico com seus aliados e com a oposição dos inimigos.
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Rodrigo 07/09/2020

Alexandre o Grande
Que imperador foi esse. Uniu e depois dividiu.
Leitura recomendada.
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RobsonGrangeiro 25/02/2020

O autor foi sincero: "...não se trata de uma biografia".
Ele começa assim mesmo, avisando. Então, explica que qualquer obra partindo de um fenômeno histórico como foi Alexandre, principalmente sem muitos textos diretamente da época, seria uma obra fadada a não informar a verdade.
De fato há pouca informação de historiadores como entendemos hoje que pode tratar da vida de Alexandre de forma mais técnica, então sobram opiniões, modismos e conceitos herdados sobre sua vida.
O livro é um pouco confuso, pois são muitos nomes que vão se repetindo ao longo do texto mas que não estão amarrados como uma linha cronológica. Isso dificulta para se situar a menos que apenas o contexto político-estratégico-economico lhe interesse.
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R...... 15/09/2018

Tinha muita expectativa, imaginando biografia recheada de curiosidades sobre as conquistas de Alexandre (como a da Fortaleza Sogdiana no Irã, em um ardil lendário). Contrariando o que imaginava, não é uma biografia (pelo menos nos termos que buscava), apresentando academicismo formal e chato numa proposta, sobretudo, de entendimento da individualidade de Alexandre, destacada em dois momentos.

O primeiro é histórico, em uma apresentação breve (e põe breve nisso!) sobre a campanha vitoriosa, privilegiando a cronologia na exposição dos fatos, que são percebidos sem emoção nenhuma, seja em descobertas, detalhes ou curiosidades instigantes. É o registro pelo registro, na eficiência acadêmica. Ô coisa sem graça! Não quero ficar desmerecendo, mas para quem estava atrás de uma exposição 'farofa com ovo adubada', foi de matar essa 'salada light insossa'!

O segundo é um olhar analítico sobre o macedônio, em busca de entendimento de suas motivações, caracterizações das conquistas, política adotada e outros aspectos.
Interessante a perspectiva sobre a origem da impetuosidade pela conquista, ventilada também em fatores genéticos herdados de Felipe e Olímpia. Esse caráter é obsessivo, em uma vaidade pessoal que o equiparava a semideuses, impulsionando os ânimos para conquistas que eram sobretudo seus sonhos.
Outra coisa que chamou minha atenção foi a estratégia que adotara, chamada pelo autor de 'política iraniana' (será por conta dos eventos que desdobraram-se a partir da conquista da Fortaleza Sogdiana? O autor escreve como se o que é lógico para ele fosse compreensível por todos, não esclarecendo melhor os fatos. A tal política parece referir-se ao ato de Alexandre no Irã e não ao que os persas adotavam, porque estes, mermão, chevagam detonando tudo e estavam nem aí pro que pensassem deles, apenas como dominadores a serem temidos), onde garantia o status e privilégios dos líderes subjugados em alianças para manter seu poder na região. Certamente estratégia valorosa, pois um dos fatores que colapsam grandes impérios é a instabilidade ocasionada pela insatisfação de se sentir dominado por alguém de outra etnia (não se sentir representado). Nesse quesito, o autor realça maior aceitação de Alexandre, ainda mais quando outros dominadores tinham política diferenciada em opressão, instigando ódio.
Um terceiro aspecto a destacar é que percebemos nas entrelinhas que o autor insinua disputa entre a vaidade e conquistas dos persas com as motivações de Alexandre. Isso teria sido uma das causas da destruição de Persépolis, apesar de suporem ato tresloucado a partir da bebedeira (se foi, só exteriorizou a rivalidade com os persas, em uma demonstração de poder). Alexandre almejava suplantar toda conquista, projetando-se como o maior de todos (em vida).

O livro tem seu valor, porém, definitivamente, comi mas não me empapucei. Quero é minha 'farofa com ovo adubada'...
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Juliana296 05/01/2017

Alexandre, o narcisista?
É um resumo das principais conquistas de Alexandre e da forma como ele conduzia seu império. Achei bem cansativo e difícil de acompanhar no início, mas no final se torna interessante.
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Alexandre663 21/11/2016

Bem resumidinho
É uma boa introdução pra quem se interessa pelo assunto .
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Ricardo Silas 31/08/2016

O Império Alexandrino
Ao escrever esse livro, Pierre Briant decide ser pouco introdutório a respeito dos principais elementos biográficos de Alexandre. O enfoque dos textos se refere, especialmente, à estrutura do império macedônico, à sua expansão em solo oriental e às relações político-econômicas que se estabeleceram nos vastos territórios que Alexandre conquistou, sustentados nos poucos registros históricos disponíveis, alguns de caráter até duvidoso. É, na verdade, uma espécie de autópsia do Império Alexandrino. Há poucas informações sobre sua infância, formação intelectual e ascensão ao trono da Macedônia. Briant esclarece bem o embate dos macedônios, aliados aos gregos na Liga de Corinto (ou liga pan-helênica), contra o Império Persa, governado pelo aquemênida Dário III. Das principais batalhas travadas entre essas duas superpotências da Antiguidade, esse livro fará uma abordagem breve sobre a Batalha de Isso e de Gaugamela, que culminaram na queda dos persas, sem esquecer da polêmica decisão que levou o jovem conquistador a incendiar Persépolis, um dos locais onde se concentravam as numerosas riquezas do Oriente. Para obter bons resultados da leitura desse livro, é necessário um conhecimento modesto sobre a trajetória de Alexandre, suas ambições, ideais e sonhos.
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