Primeiramente, eu tenho que dizer... Estava totalmente desesperada por esse livro. Tão desesperada, mas tão desesperada que, antes de ler a minha edição, baixei o e-book traduzido :S Mas não cheguei a ler, nem eu sei porquê. Adiei a leitura por muito tempo (primeiro, porque tinha outras coisas pra ler, mas isso nem importava, pois eu passaria o livro na frente de qualquer outro, se ele não estivesse no computador. Foi na mesma época que comprei A Pirâmide Vermelha, e dei prioridade ao livro que eu conseguia pegar, e folhear as páginas; segundo, porque era fim de ano, um milhão de outras coisas pra fazer).
Como eu me arrependo. Se bem, se eu tivesse lido antes, teria ficado desesperada por mais tempo. E o meu querido Rick Riordan recentemente portou a data de lançamento (nos EUA) do livro 2, ‘The Son of Neptune’, que será 4 de outubro. Ou seria 14? Não lembro bem. É claro que ninguém consegue imaginar o ESCÂNDALO DE 1º GRAU que fiz quando vi o livro em pré-venda no submarino, e como implorei de joelhos à minha mãe que me desse. Nem um pouco constrangedor, não é mesmo?
Mas, indo ao que importa, a resenha...
Primeiramente, esse é um livro do Rick. Então já dá pra saber que ele vai enrolar você e te deixar no escuro (menos eu, que sou boa de deduções) até o final, quando você descobre o grande segredo do livro.
No primeiro capítulo do livro você é apresentado a uma nova personagem da raça dos meio-sangue: Jason. E, mesmo que ele tente se lembrar quem é realmente, quantos anos tem ou mesmo seu próprio sobrenome, não consegue. Ele não se lembra de nada. Como se não bastasse isso, acorda em um ônibus de excursão ao Grand Canyon agarrado à mão de uma garota que ele nunca viu antes na vida e que, ali, diz ser sua namorada, e de um garoto que parece ter tomado todo o suprimento de café dos alunos da Escola da Vida Selvagem (onde dizem que ele estuda, mas vai saber...), que, aparentemente, é o seu melhor amigo.
As coisas ficam ainda piores quando eles são atacados por um carinha muito chato com dentes tão brilhantes que chegam a cegar – e, pior, ele não é só um carinha, é um venti, espírito da tempestade. Quando eles acham que nada podia ficar pior, seu monitor do passeio escolar é raptado pelo venti, e aparece uma garota loura assustadora dirigindo uma biga de cavalos alados, dizendo que fora enviada para resgatá-los, e algo sobre a pista do seu namorado desaparecido – ninguém menos que o próprio Percy Jackson.
A partir daí sua vida fica cada vez mais confusa: ele vai para o tal do Acampamento Meio-Sangue, descobre que é um semideus, mas não como os outros. Ao que parece, apesar de não se lembrar, ele já foi reclamado por seu pai, Zeus, que ele chama de Júpiter (nome da divindade romana para o Senhor dos Céus). E ele tem familiaridade com o latim ao invés do grego-antigo, como todos no Acampamento meio sangue. E, desde o momento que coloca seus pés lá, sente que algo está realmente errado, que não era onde deveria estar.
A história é narrada em 3ª pessoa, o que não faz com que seja menos emocionante e conta o parecer das três personagens principais: Jason Sem-sobrenome (por enquanto), Piper McLean e Leo Valdez.
O mais legal dos livros do Riordan é a forma como conduz o enredo: ele evolui gradualmente, revelando um mistério de cada vez e deixando o melhor para o final, de modo que você lê umas mil páginas ávido e desesperado para que chegue o cerne de todo aquele enorme ponto de interrogação.
O Herói Perdido tem tudo o que os fãs de carteirinha de Percy Jackson (tipo eu) mais amaram na série, só que numa escrita muito mais madura e misteriosa: ação, aventura, romance, comédia e muita mitologia, contada de uma forma leve e fácil de entender, além de suuuper atual. E, sim, prende o leitor de tal forma que você lê o dia todo e não consegue largar, mesmo às 2h44min da manhã, e sabendo que terá de acordar às 5h (não estou falando de mim).
Rick Riordan mostra, mais uma vez, ser mestre no que faz, e o que faz é trazer História, aquela matéria que é considerada por muito chata, até o presente, e fazer com que nos apaixonemos por ela. Eu desconfio que ele aaaaama uma batalha épica (bem clichê) e um fim mega dramático - mas ele foi professor de História por muito tempo. Vamos dar um desconto.
Enfim, esperem fortes emoções para os próximos livros, que, certamente, estão na minha lista de Desespeloucamente Desejados.