Emanuelle238 27/10/2024
Talvez essa resenha te incomode!
Dimnet critica um sociedade e educação que reduz o poder do pensamento de seus cidadãos. Fala sobre como os EUA e -eu digo Brasil- conseguiram inscrever nas pessoas que a cultura não lhes pertence, é privilégio de outros, não é para seus olhos e, certamente, não é para seu pensamento. Isso quando não pensam ser inútil. O pensamento da inutilidade da cultura apenas distancia cada vez mais as pessoas de pensamentos de maior qualidade, diversidade e liberdade. O pensamento livre, certamente, não é de interesse de quem está por trás da instituição educação e dos conteúdos que somos ofertados aos baldes ao usar uma rede social. Crianças veem o mundo e as coisas com curiosidade, qualquer declinação ou dificuldade é algo que ?não aprenderam ainda?. Isso deixa de existir conforme crescem e não exercitam o pensamento, coisas como escrever, ler, pintar, criticar, teorizar? pensar? ?não são pra nós?. É como se fosse um esforço que não vale a pena. E, quando, encontram com alguém com aptidão para alguma dessas tarefas muito ?difíceis?, criam diversos pensamentos de insegurança. Esse complexo vai surgir toda vez que se proporem a pensar sobre aquilo e a realizá-lo. A mesma coisa acontece aos que dizem ?não consigo me concentrar? ou ?não tenho memória?, as inseguranças viram como fantasmas para assombrá-los. Não sei fazer, não devo. Esse retraimento gera a convicção de que é melhor não tentar ser melhor do que é para não ser confrontado com não ser tão bom quanto pensa.
Estando cegos para o fato de que qualquer tentativa será benéfica. Aprender algo novo vai desenvolver seu pensamento, criar relações entre coisas que você conhece, gerar curiosidade, paixão e seus pensamentos deixaram de ser ?distrações?. É preciso haver poemas que você jamais esqueça.
A leitura, por exemplo, vê-se milhares de livros sendo publicados todos os anos. Uns se sentiram sobrecarregados só de pensar em criar o hábito de ler, como se houvesse uma obrigação de ler todos esses livros, conhecê-los e falar sobre todos. Enquanto, os que leem, se impressionam com a quantidade de livros - que julgando são cada vez mais rasos, rápidos e fáceis de consumir como se fossem um lanche de fastfood com um ótimo gosto e uma péssima tabela nutricional- e sentem que devem ler todos, como se estão sendo publicados, devem ser bons livros? ?esse acabou de lançar, serei o primeiro a ler? a capa é bonita, devo ter vários livros na minha estante, separá-los por cor, ficarão bem bonitos?. Enquanto, não percebem, que a vida é muito curta para gastar com o que não é extraordinário.
Ele também comenta sobre hábitos para uma boa escrita como experimentar fazer uma tradução artística de algo, traduzir e apenas consultar dicionários posteriormente, escrever sobre um tema sem consultas, deixar a mente enveredar, se inspirar na vida de grandes pessoas, sejam santos, revolucionários, heróis? lê-los, ouvi-los, estudá-los e examiná-los. A inspiração intensa, a emoção do contato com uma música, um livro, uma personalidade nós guia a cantos da nossa alma que nem sempre estamos conscientes, mais desejaremos cada vez mais chegar até eles.