Mi 20/02/2020Ficou faltando algo...No início do livro eu estava bem empolgada (nos primeiros 4 capítulos). O livro discorre sobre como o Füher acredita ser (fato insano e muito curioso), como a Alemanha, seus colabadores e ele mesmo se conhece, porém no quinto capítulo, quando o autor tenta traçar seu perfil psicólogo, ao meu ver, deixa a deseja em muitos aspectos como: fala sobre diversos fatores das de forma muito superficial, em diversos momentos, trás a tona relatos que não são explicados, com a justificativa de que será tratado mais a frente e o assunto não é retomado, faz afirmações e até diagnósticos com base em falas do Füher, o que não pode definir o perfil psicológico de uma pessoa. Há momentos que ele apresenta evidências (relatos de pessoas próximas, estudos de pessoas com personalidade similar, etc), mas há momentos em que as alegações são baseadas apenas em falas do Füher. O IV capítulo era o que eu mais aguardava, talvez por esse motivo a decepção.
No mais, o livro nos apresenta fatos de sua infância, o relacionamento com a mãe, com o pai e o relacionamento de ambos, e como isso pode contribuir para a formação do carácter que todos já conhecemos. Fala sobre sua vida em Viena, possíveis relações com judeus, sexualidade, comportamento diante de autoridades e sobre a forma de discurso para as massas (particularmente, achei este um tema muito interessante no livro). Nos mostra ainda como diversos fatos ocorridos em sua infância e adolescência advindos do relacionamento com os pais refletiram em ações, comportamentos, escolhas e preferências do "menino Hitler".
Minha única crítica seria com relação ao capítulo IV (para mim, o capítulo que mereceria maior atenção e amarraria todos os pontos do livro).