Resenhas - Quincas Borba

Gui 05/12/2023

Instigante, mas inferior
Dentro da chamada "trilogia realista", para mim, fica em segundo lugar, inferior ao anterior (e primeiro lugar) "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e ao sucessor "Dom Casmurro).
Mesmo assim, leitura imperdível da safra machadiana. Para quem ficou interessado, no livro anterior, sobre a filosofia do excêntrico Quincas Borba, aqui ela ganha em densidade.
Acompanhar a história de Rubião é instigante pelos caminhos e pelas pessoas por quais nosso protagonista atravessa. Vejo também traços semelhantes (e críticos) ao Espiritismo, doutrina que Machado costumava ironizar.
Enfim, uma boa leitura, mas, para mim, não chega a ser maravilhosa.

Augusto.Minghin 05/12/2023

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Obra incrível! Não poderia ser menos vinda de Machado. Retrato caricatural das qualidades humanas colocadas sob a tensão de suas paixões. Contradições e ambivalências.
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Fez pensar uma máxima proposta por Platão, em "A República": quem é mais feliz, o justo ou o injusto?
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Pergunta que pressupõe saber algo sobre a Justiça - algo que também não é definido em termos, ficando em aberto ao longo da obra do filósofo, e aparentemente até os dias de hoje.

Mp28Rangel 04/12/2023

Boa leitura!!!
Quincas Borba é a continuação do livro, "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Ele faz parte da chamada tríade machadiana ou tríade do realismo da literatura brasileira, marcada pelo pessimismo e ironia.
Particularmente, eu sou fã dos livros de Machado de Assis. E gostei mais desta história que Dom Casmurro que é considerado como a sequência desta obra.
Em resumo, Quincas Borba é uma boa leitura e possui capítulos curtos.
Obs: Apesar de ser uma sequência, não se faz necessário ler Memórias Póstumas de Brás Cubas para ler Quincas Borba. É possível ler tranquilamente esta obra e depois a anterior, ou seja, são leituras com histórias independentes.

Edden Brito 02/12/2023

A maior vítima do humanitismo é o próprio Rubião e Cristiano e Sofia ficam com as "batatas".

Machado era um gênio e suas leituras, embora pesadas, são sensacionais.

lililu 02/12/2023

Esqueci de resenhar
Eu demorei um pouco para ler, pois a escrita não é nada fluída. O livro é baseado no jogo de interessante e na ganancia. Podemos ver o lado real da humanidade.
Apesar da dificuldades eu gostei do livro.

Julia 01/12/2023

Quincas Borba é um verdadeiro estudo social, uma grande representação do Brasil da época e suas figuras, especialmente da elite, mas mesmo assim pode nos ensinar muito sobre nós nos dias de hoje, acredito que o Macho de Assis foi um grande observador antes de um escritor genial!

Dandara98 26/11/2023

Machado
O destaque do livro com certeza é a ironia do narrador, típica da literatura machadiana, que me tirou algumas risadas durante a leitura. É um narrador que ri da cara do leitor e dos personagens da própria história. Também me interessou muito conhecer o Rio de Janeiro oitocentista com toda suas personagens, gananciosas e oportunistas. A abordagem da teoria Humanitas de Quincas, por fim, mostra a genialidade machadiana, que faz uma paródia as teorias cientificistas ridículas do século XIX.

MoniQue 25/11/2023

Abismo de opróbios.
Comecei a ler Quincas Borba por causa de Memórias Póstumas de Brás Cubas; achei que seria sobre a vida do Quincas, mas me enganei rs
Achei Rubião um total sem noção e ingênuo, e por fim, acabei ficando com pena por ficar tão desorientado e ninguém se importar.
O pobre cão Quincas, também pouco aparece e mais ficou de lado pelo herdeiro do que teve atenção.
O livro é bom e interessante mas o título engana.

Iago 24/11/2023

Ao vencedor...
Um livro sempre acrescenta ou muda algo na vida de um leitor, mas esse em específico, consegue fazer isso de uma forma indireta e imperceptível, igual um soco na cara. Sinto a falta de algumas conclusões no final da obra com alguns personagens, mas acredito que Machado de Assis deve ter citado algo em algum de seus outros livros. Quincas Borba (filósofo) falece, mas se faz presente sobre toda a obra, a questão de Rubião precisar cuidar do Quincas Borba (cachorro) para receber a herança do filósofo e durante todo o livro se dirigir poucas vezes a essa tarefa, o amor pecador entre Rubião e Sofia, Palha de um grande amigo a um interesseiro, Rubião indo da luxúria e bom intelecto para ser dado como um falido louco...esse livro entregou um conteúdo incrível. Senti muito sono e desânimo no meio da obra, mas valeu a pena não abandonar, antes daria 2/3 estrelas, mas hoje acredito que esse livro deveria compôr a estante de todo leitor Brasileiro.

Bela 23/11/2023

Para alguém que não gosta muito de clássicos eu até que gostei, só n seria a minha primeira opção, mas fazer o vestibular chega para todos kkkkk

midnightrainz_ 21/11/2023

Achei mt foda esse tom meio caricatura q o machado usa na história, gostei mt da quantidade de referência q tem aq no meio, só achei q tem um pouco de encheção de linguiça

Luh :) 21/11/2023

Prometeu algo e não cumpriu nada
Desde o começo fiquei meio incerta se gostaria ou não, mas tive que ler por conta da escola... No começo até gostei da história, mas começou o lance da Sofia, do Palha e tudo os rolos que me dava raiva.
Escrita muito legal, mas história ruim (minha opinião).
Até agora os únicos personagens que gostei foram os Quincas Borba.
Não recomendo esse livro. Se quer ler Machado de Assis, recomendo procurar outra outra dele.

Ricardo.Borges 20/11/2023

Ao vencedor, as batatas
O filósofo humanitista ou seu cachorro de mesmo nome? Apesar do enigmático título se referir a qualquer um deles, a trama se desenvolve centrada na figura de Rubião, uma espécie de ?Dom quixote de Barbacena? personagem que herda uma fortuna do ?amigo? filósofo (se cuidar do cão) e se relaciona em uma sociedade parasita, ironicamente repleta de personagens que, de maneira inescrupulosa, procuram, de alguma forma, tirar proveito das situações sociais e acabam, então, mostrando a perversa exploração capitalista que, inclusive, é muito aderente ao Brasil contemporâneo (como Machado sabia disso?!?).

?? porque não há vinho que embriague como a verdade.?

Apesar de mostrar mais sobre lucidez do que loucura, o personagem transita por uma paixão avassaladora em uma sociedade repleta de alpinistas sociais e, delirando, é conduzido para a solidão, exclusão e miséria, talvez a visão oposta do Humanitismo do filósofo que dá nome ao livro, cuja edição da antofagica é maravilhosa.

Borges18 20/11/2023

Um Clássico Lento, mas Muito bom
Simplesmente gostei bastante, não esperava gostar por ser uma história lenta e detalhada, mas os personagens e suas personalidades são muito bem desenvolvidas, além de que a parte psicológica em conjunto com a ambientação torna o livro imersivo de uma forma diferente, principalmente pela época que foi escrito.
Li por obrigação e felizmente acabei gostando, primeiro livro que leio do Machado de Assis, curiosa pelas obras mais famosas.
Espero que sejam cativantes como essa.??

André Azevedo Ferreira 16/11/2023

Quincas Borba, por Machado de Assis
Se você já conhece o autor e está familiarizado com o estilo dele, esse livro será uma boa escolha. É uma excelente introdução aos romances de Machado de Assis. 😊

A história acompanha Rubião e seu adorável cachorro, o segundo Quincas, batizado em homenagem ao seu falecido dono. O livro começa com Rubião em um de seus momentos lúdicos e, após algumas páginas, ele herda a fortuna e o cachorro. A partir daí, as desventuras de Rubião acontecem no Rio de Janeiro, onde ele conhece pessoas interessadas apenas em seu dinheiro.

Publicado no final do século XIX, o livro ainda aborda resquícios da escravidão no Brasil, mostrando a sociedade da época com ironia e comentários. A escrita é peculiar, com o narrador comentando passagens e julgando alguns personagens. Rubião é uma pessoa inocente que não percebe as situações às quais está sendo submetido após ficar rico.

No Rio de Janeiro, ele conhece o casal Cristiano Palha e Sofia, que parecem ser prestativos, mas estão planejando contra ele. Além disso, Rubião se apaixona por Sofia, o que se torna parte fundamental de sua ruína. A partir daí, ele conhece mais pessoas, se envolve na política local e é constantemente enganado pelo casal e seus amigos. Isso o leva a desconfiar de tudo e todos, e no final de sua vida, tem um triste fim.

Embora não seja minha leitura preferida, o estilo de Machado de Assis continua encantador e relevante mesmo após sua morte. Ele é merecidamente um imortal. Se você já tem o hábito de leitura, essas pouco mais de 400 páginas passarão rapidamente. Recomendo definitivamente a todos que mergulhem em uma das diversas obras únicas de Machado.

Espero que gostem do texto e deixem seus comentários sobre quem já leu e o que achou dessa obra. Até mais e vamos ao próximo livro...

André! :)