Glenda 05/04/2018
O ALIENISTA
A narrativa começa com a volta do Dr. Simão Bacamarte à sua terra natal, Itaguaí. Ele tem por objetivo dedicar-se inteiramente à ciência, passando a estudar a loucura humana. Torna-se obcecado pelo tema e funda seu próprio manicômio, a Casa Verde. O médico continua seus trabalhos envolvendo loucura e, subitamente, aceita a teoria de que onde não há razão, supostamente há desequilíbrio mental. Decide expô-la ao padre Lopes e este não concorda com a ideia, achando-a uma ameaça à tranquilidade da cidade. Simão engata as internações em sua casa. As pessoas até então eram consideradas normais pela sociedade, uma gente sadia aos velhos conceitos. Os primeiros internados na Casa Verde foram os com mania de orar, como Matim Brito, aqueles ditos como vaidosos a exemplo do alfaiate Matheus, os que eram gentis demais, como Gil Bernardes e até os que emprestavam dinheiro não escaparam do doutor. Numa noite, a mulher de Simão estava indecisa quanto ao colar o qual deveria usar para o baile. Para Bacamarte não lhe restaram dúvidas: internou a própria esposa classificando o seu comportamento como uma insanidade. Todos os critérios eram regidos pelo alienista, contando também com o apoio e a ordem da Igreja e dos poderes da época. Seguindo esse conceito, o Dr. Simão internou um número alarmante de pessoas. O povo indignado resolve tramar uma rebelião contra as injustiças cometidas. O levante foi liderado pelo barbeiro Porfírio o qual promete pôr abaixo as paredes do manicômio. Todavia, Porfírio entra em acordo com Simão. O consentimento foi suficiente para uma nova revolta liderada, agora, por João Pina, outro barbeiro da cidade. Milícias de outro território deram um fim às discórdias e o doutor prosseguiu seus estudos.
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Na minha opinião, o conto O Alienista é um conto um pouco meio doentio, mas ao mesmo tempo, bem interessante, por contar a história de um médico que olha para o lado mais “estranho” das pessoas ( na opinião dele), e que de certa forma também seja insano por querer mergulhar de cabeça nessa parte da medicina, a ponto de criar seu próprio manicômio. E é importante frisar, que ao ver dele, o lado insano das pessoas era por elas fazerem coisas normais, como por exemplo, quem tinha seu hábito de orar, quem era vaidoso, gentil demais, então, daí já podemos ver que ELE era o insano da coisa por querer internar pessoas que agiam de forma normal.