Concrete Rose

Concrete Rose Angie Thomas




Resenhas - Concrete Rose


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João 15/02/2021

Angie Thomas e o poder de nunca escrever histórias ruins.


Em Concrete Rose, o prequel de O ódio que você semeia, acompanhamos o fim da adolescência de Maverick, pai de Starr. Aqui acompanhamos o desenrolar do nascimento de Seven e como isso muda a vida e o modo de pensar do jovem adolescente que no futuro será um excelente pai de três filhos.

A escrita da Angie continua ótima, sempre dinâmica, divertida e necessária. A autora sempre consegue dar autenticidade a seus personagens e narrativas, sempre sabendo quando nos fazer rir, chorar e refletir. Este livro consegue ser o mais "oral" da autora, afinal é escrito exatamente da forma como um adolescente falaria, é sensacional.

Para mim foi uma leitura maravilhosa, só não recebeu cinco estrelas porque, comparando com os outros dois livros da autora, pareceu-me que faltou algo no desenvolvimento. Porém, isso é a penas uma ideia minha. O livro continua ótimo e tenho certeza que os leitores vão amar.
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 21/01/2021

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
Em O Ódio Que Você Semeia, conhecemos Maverick Carter como pai da Starr. Aqui em Concrete Rose, vamos conhecer um Maverick Carter de 17 anos que se descobre pai de repente, além de lidar com o seu futuro incerto, a gangue que participa e um desejo de vingança.

Quando Angie anunciou a história de Mav, eu não sabia que precisava tanto de algo sobre o passado dele. Comparando os dois Mavericks, é ao mesmo tempo difícil e fácil comparar o Mav do passado com o Mav do presente. Enquanto Mav do presente é um homem que aprendeu com seus erros, o Mav do passado é justamente um jovem um pouco inconsequente que está aprendendo com suas atitudes impensadas.

Quando Mav se vê tendo que ser pai e cuidar integralmente de Seven, ele se vê perdido como muitos jovens que são pais novos. Por sorte ele conta com uma boa quantidade de pessoas que o ajuda, mas sempre relembrando de sua nova responsabilidade: a vida e bem estar do seu filho. Inclusive as cenas entre pai e filho são as coisas mais fofas do mundo.

Porém, do lado de fora de sua casa, a situação é outra. Sendo filho de uma lenda da gangue do bairro, Mav sente que é o seu dever continuar com o legado do seu pai, mas agora tendo uma criança para cuidar ele começa a repensar se vale mesmo a pena ficar na proteção dos King Lords.

Maverick é o tipo de personagem que erra tentando acertar. Ele vê sua mãe trabalhar dois empregos para sustentar a casa, agora com uma boca a mais. Ele vê seu próprio sustento não ser o suficiente para ajudar sua mãe e manter seu filho. Ao mesmo tempo que Mav tem decisões imaturas, estúpidas e bastante erradas para ganhar dinheiro, você consegue entender e sentir toda a motivação por trás delas. O principal de tudo: ele sabe que esse caminho pode fazer com que ele termine como seu pai, mas ele não aguenta mais ver o seu esforço e o esforço da sua mãe não ser bem recompensado.

Durante a leitura eu fiquei pensando em quantos Mavericks (homens ou mulheres) que existem por aí. Pessoas negras e pobres, que fazem de tudo para viver uma vida honesta e dar exemplo para seus filhos, que estão todo dia lutando e vendo que seu esforço não o suficiente. É fácil para nós, que temos uma casa sobre nossas cabeças e comida na mesa, julgar porquê jovens como Maverick e suas decisões, mas é difícil se colocar em seu lugar e analisar todas as razões que o levaram até aquele ponto.

Outro ponto que gostei muito foi ver a relação de Mav com Lisa, sua futura esposa e mãe de Starr. No outro livro, sabemos que a relação dos dois ficou bem balançada com Mav tendo filho com outa garota. Aqui Angie desenvolve o relacionamento dos dois de um ponto de vista que eu não esperava, mas que também é possível visualizar o casal que conhecemos na história da Starr.

Os personagens secundários também são bastante importantes na história e na formação do caráter de Mav. Há também várias referências de personagens que já conhecemos em O Ódio que Você Semeia. E a cereja do bolo é um baita crossover que ocorre com um livro da Nic Stone (Cartas Para Martin) que por essa eu realmente não esperava e me deixou super surtando horrores.

Concrete Rose já teve seu lançamento no Brasil anunciado pela Galera Record e deve sair no segundo semestre.

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2021/01/resenha-631-concrete-rose-angie-thomas.html
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