R...... 25/10/2018
Mais um Vaga-lume na proposta de aventura e educação para jovens leitores, instigando conscientização ambiental.
Em linhas gerais, o menino Rafael e amigos, envolvidos por descobertas curiosas e interessantes sobre a natureza, seja na escola ou no contato com o meio, descobrem também perigos cruéis que cercam o ambiente, enfatizados pela autora em relação ao tráfico de animais silvestres.
A história se passa no interior da Bahia e destaca também a realidade da ararinha-azul, que no livro é apresentada em uma tentativa de reintrodução na natureza e, infelizmente na realidade vigente, provavelmente está extinta, com espécies sobreviventes apenas em cativeiro.
É isso.
Vou aproveitar para dar vazão a pequenos devaneios proporcionados pela leitura...
Numa passagem escolar, a professora cita "Os Sertões", de Euclides da Cunha, onde há descrição da caatinga, expressa como ambiente agressivo ao homem, em que a professora aproveita para falar da importância ambiental. Cá com meus botões, lembro de um texto do clássico muito mais interessante para falar de educação ambiental, onde Cunha inverte a agressividade e, em termos mais abrangentes, declara: "o homem é um fazedor de desertos". O tanto de reflexões em que isso pode se desdobrar... Fica para sua criticidade.
A autora transformou uma bióloga numa vilã... Rapaz! Ainda bem que foram duas introduzidas no livro, porque seria algo negativo deixar essa imagem. Fala sério! Claro que as exceções existem, mas ai das pesquisas ambientais sem esses estudiosos, que muitas vezes tem disposição heroica. Quase fui um, sendo até aprovado para o curso acadêmico, mas não consegui levar adiante no contexto...
Tenho que tratar esse TOC, pois foi a segunda vez que li, fazendo-o apenas porque na primeira nada registrei. Vendo pelo lado positivo, reavivou ideias e também, afinal de contas, releituras faço no estilo The Flash. Vou lembrar disso em relação às vinte outras obras que também não fiz resenha e quero rever... Resenha perdendo o sentido, então é o fim.