spoiler visualizarPaula Moreira Sordi 05/07/2024
O Homem Eterno
Ler Chesterton é ter a certeza de encontrar imagens inusitadas, mas certeiras, para expressar grandes ideias. Não é diferente em O Homem Eterno, obra em que o autor traça um panorama da história do homem e da Igreja, com o objetivo de descrever e explicitar toda a singularidade de nossa existência no mundo, e a singularidade do cristianismo em relação às demais visões do homem sobre a origem e o sentido da vida que se desenvolveram ao longo dos séculos.
Em uma resposta aos críticos de seu tempo, Chesterton compara diferentes visões sobre o homem e a fé, mostrando que, além da singularidade do seu início - do ?Deus nas cavernas? em Belém, frágil e pequeno, em uma lógica que é loucura e insensatez para o mundo, como já dizia o apóstolo -, a Igreja de Cristo preserva ao longo do tempo seus princípios e valores, apesar das inúmeras tentativas de reinterpretação e de destruição por que passou. Trata-se de algo realmente singular, uma chave capaz de abrir a única porta que importa: a da eternidade. Mais que isso, o cristianismo é uma ?coisa viva?, porque é capaz de ir contra a corrente sem se deixar arrastar por ela; e, ao ir contra a corrente, reencontra as suas origens, o seu frescor inicial, os seus valores e doutrinas fundamentais; de fato, reencontra o seu Deus, e assim renasce, pois Ele sabe o caminho para fora do sepulcro.