rique 23/11/2017
Carta errante
A história de Mirna Pinsky, “Carta Errante, Avó Atrapalhada, Menina Aniversariante”, é narrada em três frentes que se cruzam no desenrolar da trama: a avó escrevendo uma carta para sua neta, suas lembranças e o quebra-cabeça do carteiro tentando encontrar a destinatária. Conseguir desenvolver essas três linhas narrativas, encaixando-as perfeitamente, é uma arte.
O livro se inicia com Vovó Lia, que vive em Israel, escrevendo uma carta para sua neta Luciana, que mora no Brasil e completa 10 anos. Ficamos sabendo um pouco sobre a avó distante, da saudade da neta. A carta foi postada normalmente, porém não seguiu seu destino normal. Enquanto isso, Mirna nos conta um pouco das origens e da história da avó e ficamos sabendo mais detalhes do que ela escreve para sua neta, relembrando sua própria infância.
A identificação do destinatário da carta era claro, para a minha netinha Luciana, o nome da rua também, mas a cidade e o país estavam descritos em caracteres hebraicos, um alfabeto muito diferente do nosso.
Como todas as cartas complicadas, por exemplo, as dirigidas para Papai Noel, a carta da Vovó Lia foi parar nas mãos de Pedro Boné, um funcionário dos Correios. Ele resolve procurar a destinatária, mesmo com o endereço truncado. Em tempos diferentes, vamos sabendo do conteúdo da carta, da luta de Pedro Boné para saber onde morava a tal Luciana. No fim... Bom, será que foi o correio que demorou tanto a chegar?