Bruno Palmeiras 01/12/2023Que livro MARAVILHOSO (e triste)!!!Começar a resenha destacando a minha ignorância: Eu não sabia como as grandes redes de supermercado do país, principalmente as duas principais (Carrefour e Pão de Açucar) mandam em toda cadeia de alimentos e demais produtos que vendem em suas lojas.
Essas grandes redes de supermercados simplesmente destroem a vida e a produção de pequenos agricultores (e de alguns médios e grandes também) extorquindo os (sim, esta é a palavra correta a ser usada no caso) até a última gota, e para isso usam atravessadores (que também são vítimas dessas grandes redes).
E obviamente que o agronegócio se beneficia com esta cadeia, esses que querem colocar na mente das pessoas que alimentam a população ao invés da realidade: destroem o meio ambiente, promovem o genocídio animal e lucram com a fome.
Claro que também não podemos deixar o Estado fora desta abordagem, como ele compactua com os donos bilionários dessas redes e do agronegócio. Quanto essas redes devem para o Estado? BILHÕES E BILHÕES. Mas o Estado esta mais preocupado em gastar nosso dinheiro encarcerando pobres que furtam alimentos, para sobreviver, nesses supermercados que cobrar essas dívidas bilionárias.
Outros pontos interessantes abordados no livro: Como as grandes redes transformam alimentos saudáveis (como os orgânicos) em nicho gourmetizado para não incentivar o consumo massivo deles, eles passam a ideia que é mais caro nos alimentarmos com esses alimentos, é proposital, as Bayers e Syngentas da vida agradecem. Outro ponto é como supermercados exploraram ao máximo trabalhadores durante a pandemia, muitos trabalhando doentes e com cargas muito maiores do que as já extenuantes. Outra pela abordagem é como escondem tudo essa cadeia de mortes e exploração deixando suas lojas bem organizadas, limpas e bonitinhas.
Quem puder não comprar nada dessas grandes redes de supermercados, o faça, mas sei que é difícil, praticamente impossível, a única solução seria uma transformação social através do ecossocialismo.