bobbie 06/09/2021
Uma experiência diferente em poesia.
Os poemas de JCM Neto são, em sua grande maioria, poemas muito longos. Acredito que posso chamá-los de "quase épicos". Muitos dísticos, que têm um ritmo de leitura com cadência leve e envolvente, e ainda assim longos. Muitas vezes as rimas não são convencionais. Meus destaques, nesta coletânea com toda a sua obra poética, são Morte e vida Severina, o Auto do Frade (um poema enorme, que conta o último dia de Frei Caneca, antes de ser executado), e um poema curtinho em "homenagem" ao Rio de Janeiro, especialmente ao calor infernal que faz na cidade. Adorei. JCM Neto fala muito do Recife, Pernambuco, de onde é originário, e de Sevilha, onde viveu por alguns anos. Na minha opinião, os poemas sobre Sevilha são enfadonhos, além de os haver em excessiva quantidade.