Renée 09/04/2021
[ Nota não arredondada: 4.5 ]
Eu estaria mentindo se dissesse que não gostei desse livro. O romance não era óbvio desde o início, apesar de eu ter, sim, torcido para que fosse desde os primeiros capítulos, por ser enemies-to-lovers (uma colega de classe que você não gosta pode ser considerada uma inimiga em um cenário que não envolva guerra? Porque não é exatamente uma rivalidade...) e o livro não é o que eu normalmente leio. Quer dizer, é young adult, queer (mais especificamente, sáfico) e se passa no Ensino Médio, então, de certa forma, é exatamente o que eu normalmente leio, mas a vibe era diferente. Como eu não sei explicar melhor, vou prosseguir falando de outros aspectos.
Um dos meus favoritos foi o jeito que Smyth desenvolveu a dinâmica entre os personagens: é incrivelmente diverso nesse sentido, indo de relacionamentos amorosos para amizades e relações de pais e filhos, todas bem desenvolvidas e sem vilanizar personagem algum (exceto o pai da Aideen. Mas ele mereceu. Uma das coisas que eu não gostei no livro foi ele não sofrer as consequências das suas ações nojentas).
A proposta da história também é interessante: Aideen, uma adolescente no Ensino Médio com vários problemas (principalmente familiares), acaba acidentalmente criando um negócio de resolver problemas dos outros em troca de favores, mas continua a fazê-lo deliberadamente, por não conseguir resolver os seus próprios. Durante o processo, ela cria laços genuínos. A criatividade do enredo foi a razão pela qual eu escolhi ler esse livro e eu posso lhe assegurar que vale a pena fazê-lo. Ele é lançado no dia 25 de maio (obrigado, Edelweiss, pela ARC), marquem nos seus calendários!