Leslie.Eduin 28/08/2023
Relato !
A muito tempo eu procuro por este livro, e confesso que coloquei certa expectativa, que em partes foi atendida.
O livro traz um relato que se diz verídico, porém, se você acredita ou não, não faz diferença, pois é como o próprio autor diz:
" Ninguém é obrigado a acreditar na minha história, e o fato de não acreditarem não modifica a realidade de minha experiência. Continuarei a contá-la sempre que for solicitado."
A primeira edição desta obra foi publicada em algum ano na década de 1960 (não lembro o ano exato). É um relato brasileiro, de uma pessoa humilde que vivia no interior do sul do brasil. Já na introdução é contado um pouco sobre o autor, uma pessoa de pouco estudo, e que em uma de suas voltas para casa, avistou uma luz e foi ver o que era, e é aí que a história de fato começa.
Artur narra os acontecimentos de uma forma simples.
De acordo com ele, os Acartianos falavam uma língua inexistente para nós, que ele não compreendia, e que depois de algumas tentativas conseguiu se comunicar em alemão com um dos nativos. Aparentemente é um povo pacífico mas que tem suas armas e formas de se defender. E como estavam na presença de um forasteiro houve um tipo de votação para ver o que fariam com Arthur.
A história é contada de forma que te deixa entretido , porém não com tantos detalhes quanto gostaria, achei que Artur poderia ter sido mais curioso já que eles estavam dispostos a responder suas perguntas. Ele foi levado a conhecer partes de Acart (o planeta), e foi dado explicações de como algumas coisas funcionavam.
E não, eles não são veganos e se preocupam com a vida animal, e não, eles não usam dinheiro. A forma como vivem é bem distópica para com a nossa forma. Ao mesmo tempo que eles são pacíficos e compreensivos, também são diretos e racionais. Do tipo: somos bonzinhos mas não somos trouxas.
Mais para o fim do livro, é contado a Artur que eles estão com problemas de super população, e que esperam para que o dia em que a Terra entre em guerra nuclear para que assim os humanos aqui sejam reduzidos e eles possam "invadir" para se restabelecer aqui. E afirmam que os poucos terrestres que sobreviverem irão agradecer e não irão se opor. E que assim será implantado o mesmo "governo" que eles têm em Acart. E é aí que perguntamos: Por que simplesmente não invadem, já que possui tecnologias para confronto e armas para dizimação em massa?
A resposta deles são que isso não é o certo a se fazer, porém, quando os humanos da Terra se auto destruir, aí eles podem vir para assim salvar o planeta e poder habita-lo.
O governo deles é bem "pacífico", não existe dinheiro, e todos devem trabalhar para ter direitos iguais. Há também os criminosos, mas não há presídios, que dependendo do crime há uma punição. E sim, eles tem pena de morte. E sim, eles crêem em Deus. O governo é constituído por um líder e um conselho, como esse líder é escolhido não se explicou muito, só diz que foi o povo que escolheu e ele é chamado de O Filho do Sol. As mulheres também podem trabalhar, mas se casam, trabalham em casa.
O planeta Acart tem dias longos e noites longas, eles têm cinco refeições por dia.
No início do livro se especula que Acart seja Marte, por ser citado que Acart tem dois "satélites" mas eles dizem que não são satélites e sim bases artificiais.
Fisicamente eles são todos altos, mas os biotipos variam e muito brancos, comparados a coloração de defuntos, e olhos grandes e cabelos loiros cor palha.
Enfim, eu gostei do livro, porém, como disse, Artur deveria ter sido mais curioso nas perguntas. A leitura vale a pena sim, caso seja um assunto que goste.