Rayssa 09/09/2022
Incal é um sonho estranho
Uma viagem futurística intergaláctica mística com algumas críticas sociais.
Quando parecia que estava começando a me familiarizar com o universo criado, virava a página e encarava novos conceitos, armas e seres. Muitos neologismos. Muitas referências. Durante a leitura, também me senti em uma corrida e tive que recuperar o fôlego para não ficar para trás. Isso pode ser um ritmo instigante ou cansativo, depende de cada um.
Alguns pontos negativos na minha visão: utiliza por diversas vezes recursos como deus ex machina, o que não é muito interessante; o protagonista não é cativante, o que achei um pouco desestimulante; os outros personagens que compõem o núcleo principal se unem de forma improvável e apressada, por isso não considerei muito convincente.
Mas aí é que está: você não vai gostar de Incal se não adotar fortemente a suspensão da descrença. E aí há também outro desafio: discernir o que é necessário questionar e aprofundar para captar as nuances da obra do que é apenas fruto de mentes criativas livres.
Os desenhos são sensacionais e fiquei curiosa imaginando como será a adaptação estética no longa metragem que será dirigido pelo Taika Waititi; o enredo para funcionar em um filme vai precisar de muitos ajustes. No fim, gostei de conhecer essa obra tão célebre, mas como é comum acontecer, o hype mais atrapalha do que ajuda. Não virou um favorito, mas valeu a primeira viagem no Jodoverse.
PS: Edição caprichada do pessoal do PN!