Minha carne

Minha carne Preta Ferreira




Resenhas - Minha carne:


15 encontrados | exibindo 1 a 15


Karina.Motta 23/01/2021

Leitura importantíssima e revolucionária!
Que presente em forma de livro, a edição é esplêndida e o conteúdo é um banho de realidade.

A primeira vez que ouvi falar da Preta foi justamente quando foi presa, lembro de ter pesquisado sobre ela na época para entender o seu trabalho no MSTC (Movimento dos Sem-Teto do Centro) em São Paulo e pensado em porque não tinha ainda conhecido seu trabalho também como artista e educadora, questionamento totalmente dentro do senso comum, pois eu sei muito bem o porque.

Em um país onde o racismo é estrutural a arte e o trabalho do povo preto demora mais para chegar, mesmo para quem trabalha com cultura e processos de educação não formal como eu.

A literatura de @djamilaribeiro1 @grada.kilomba @chimamanda_adichie @conceicaoevaristooficial @jaridarraes @melduartepoesia Ana Maria Gonçalves, Carolina Maria de Jesus, Angela Davis e agora Preta Ferreira, tem construído em mim um novo olhar para a questão do racismo, me feito questionar a estrutura dos movimentos sociais e sempre repensar em qual é o meu papel dentro da luta antirracista.

Eu ainda não consigo mensurar essa leitura, o que eu posso escrever nesse momento é que esse livro é daqueles para entrar na lista do que ler antes de morrer.
Preta muito obrigada por mesmo dentro de um pesadelo, ser capaz de mostrar toda sua fragilidade, força e potência para mostrar que é possível lutar e sonhar, chorar e continuar na busca pela luz.

O encarceramento do povo preto é projeto, ler minha carne faz você compreender como as mulheres entram no cárcere, muitas inocentes como Preta.

Em uma linguagem acessível, já que se trata de um diário, conheci mais profundamente a trajetória de Preta e criei um vínculo que chega a ser palpável, já amo sua mãe e sua família.


site: https://www.instagram.com/p/CKW1CDJnUMk/?utm_source=ig_web_copy_link
comentários(0)comente



mj4 09/11/2021

Preta, que um dia eu possa te abraçar como Davis.
Esse livro com certeza vai ser excepcional para minha jornada como mulher brasileira, parte da comunidade lgbtqia+, preta de pele clara e estudante. Preta trouxe, com seus relatos e histórias de companheiras, a minha motivação na escolha do meu curso de graduação, o Direito, ela me realocou até a realidade que me fez querer me movimentar em relação a realidade carcerária do Brasil... Eu estou nessa luta com Preta, por todas as pessoas privadas de liberdade e eu vou estudar para poder ajudar e fazer mais por esses indivíduos, Preta é mestre.
comentários(0)comente



Hofschneider 12/01/2021

o livro funciona como um diário de carcere de preta ferreira, presa politica no governo doria e bolsonaro. com elementos como a lutra contra o racismo e o protagonimso da mulher negra, o livro funciona como diário emotivo e uma fuga da realidade carcerária de preta. apesar de ela tentar mudar essa realidade depois de ter sido presta, já que é integrante do mstc.

apesar de ter gostado da proza dela e da lição de vida, achei muitos elementos clichês que não funcionaram muito bem comigo, faltou muita crítica ao capitalismo, tudo fico no plano raso de temas indenitários, mas indico o livro para qualquer mulher, vou emprestar pra minha mãe inclusive.
Lorena 13/01/2021minha estante
Você sabe que o livro é um relato e não uma ficção, né? Não existe essa de "clichês" que não funcionaram. É a vida real.


Hofschneider 14/01/2021minha estante
eu sei que é uma história real, mas existe uma prosa e de pensamentos dela, que eu esperava algo diferente do livro nessa prosa e tal, esperava entrar em contato com mais pensamentos políticos dela e sobre o trabalho dela e coisas do tipo, mas nao foi o que aconteceu.


Hofschneider 14/01/2021minha estante
claro que ela fala sobre eles, mas foi pouco, eu não conhecia o trabalho dela então acho que isoladamente o livro funciona melhor pra quem já a conhece ou se identifica com ela, mas de certa forma eh emocionante sim e torci por ela.


Lorena 19/03/2021minha estante
Ahhh, entendi. No final do livro acabei com o mesmo sentimento KKKKKKK. O livro foi vendido como se fosse outra coisa. Putz




Christiane 27/04/2022

Preta Ferreira relata o que viveu e sentiu durante sua prisão injusta ocorrida em função de uma denúncia anônima que não foi averiguada, o que demonstra mais uma vez o racismo estrutural com o qual convivemos no Brasil.
Por ter nível superior ela ainda ficou em uma ala especial, porém nem por isto deixou de se preocupar e ouvir as detentas do outro pavilhão. Ela nos relata as histórias de várias mulheres presas, umas de fato por terem matado, apesar de ser visível a questão da dominação masculina e o machismo na história de vida destas mulheres, outras por pura ingenuidade, como estar numa fila para visitar alguém preso e lhe pedirem para levar cigarros porque já haviam passado da cota e ser encontrado drogas nos maços. Uma das histórias tristes é de uma senhora já idosa que prefere viver no presídio, é melhor do que viver nas ruas ou em lugares inóspitos.
A presença de Preta no presídio trouxe benefícios e melhorias, uma vez que ela era visitada por pessoas famosas e políticos, e sempre com gravações o que resultou em medo na direção do presídio de denúncias do que ocorre lá dentro.
Preta então se deu conta da situação presidiária no país, e se propôs a lutar também por estas mulheres. Ao sair ela ainda continuou como presa a domicílio, devendo prestar contas de suas saídas e tendo horário para isto, e veio a pandemia. Um pouco antes ela teve uma surpresa maravilhosa com a visita de Angela Davis em sua casa.
Vale a leitura tanto pela coragem e determinação de Preta, como também para conhecer melhor o que é o movimento dos sem tetos urbanos.
comentários(0)comente



Be B 24/01/2021

Pílulas de realidade
Preta nos conta uma realidade cruel, a da prisão política. Ainda não é a pior condição do sistema prisional, como a autora mesmo diz, já nos mostra como a cadeia é máquina de moer gente, principalmente gente pobre, preta e mulher.
comentários(0)comente



Rhuan Maciel 28/01/2021

Abolicionismo é urgente
Nesse livro, Preta Ferreira nos fornece uma ótima demonstração do porquê ser contra prisões, pois além de relatar abusos e condições degradáveis de vida dentro da cadeia, ela ainda estava na melhor situação possível como detenta. Já que tudo que ela passou não é nem de perto o limite nos interiores prisionais brasileiros, imagina-se como deve ser a pior situação. Além de que, a prisão é basicamente uma forma de controle sobre a população por parte de quem domina a sociedade, quem tem dinheiro. Manter sujeiras sociais dentro de caixas extremamente problemáticas, caso essas sujeiras tentem algo que infrinja regras socialmente aceitas, garantidas por meio do monopólio da violência. Isso é o que basicamente se traduz na minha mente quando escuto falar sobre presídio. Ainda mais que essas imposições de leis são de nenhuma forma consentidas pelo povo, nós nascemos e elas já estavam lá. Mesmo que a pessoa cometesse um assassinato, de que adianta deixá-la encerrada em condições sub-humanas por certo período de tempo? Uma vez que a reinserção desse indivíduo na sociedade não é feito. Ele é escanteado, e depois de anos, dependendo, é jogado de volta as ruas. A crítica ao sistema prisional é extremamente necessária e urgentíssima para todos, porém ainda mais urgente para quem é mais prejudicado, resumindo, pretos e pobres. Essa mazela é em grande parte escanteada ou tratado com desdém pela maioria das pessoas. Construiu-se concepções, narrativas e ideias de que quem fora preso foi porque mereceu, e dá claramente para entender o porquê dessas ideias terem sido criadas e ainda por cima sustentadas pelo senso comum, apoiando-se em Marx: “As ideias da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes”. Desse modo, é imprescindível pensar em alternativas e, de fato, concretizá-las.
comentários(0)comente



LariReis 09/03/2021

História poderosa
?Você é o símbolo da liberdade no Brasil?. A fala é de Angela Davis para Preta Ferreira.

Presa injustamente, Preta usou de tudo que aprendeu e de sua admirável força mental para lidar com a dura realidade da prisão e seguir sua luta.

Preta foi presa porque temiam o seu poder e ela mostrou que sabe fazer bom uso dos recursos que tem.

Sem romantizar a história, a vida/a luta de Preta é uma inspiração.
comentários(0)comente



Igor.Costa 16/01/2021

?Justiça? no estado capitalista burguês
O livro é um relato emocionante de um cárcere injusto, uma apresentação do real uso do estado de direito.
Preta apresenta o sistema carcerário falido e montado para manter uma ideologia racista e burguesa, se é que há como separar. Como ela mesma descreve, os presídios são os novos navios negreiros.
comentários(0)comente



Luana 03/07/2021

Preta Ferreira ganhou relativa visibilidade nacional quando foi injustamente presa  durante 109 dias em 2019. Integrante do Movimento dos Sem-Teto do Centro ( MSTC) , Preta foi alvo de perseguição, que também prendeu outras pessoas, inclusive seu irmão Sidney. A militância corre no DNA da família, que teve início com Carmen,  mãe de Preta.


A ideia do livro se torna ainda mais atraente por ser uma das poucas publicações sobre o sistema prisional a partir da visão de uma mulher preta. Preta, além da militância, tem uma relação próxima com a arte, trabalhando como produtora musical e cantora. 


No entanto, a escrita não é um dos seus talentos e o texto não flui. Minha Carne tb falha em diversos aspectos.  Preta fala de maneira muito superficial sobre  o que motivou sua prisão, apenas menciona que foi acusada de extorsão. Também não entra em detalhes sobre a perseguição que sofreu anteriormente. A prisão não foi contra  Preta, mas uma tentativa de minar um movimento social.  Por conta disso, 
gostaria muito de ter lido sobre o trabalho do MSTC, a ocupação, e a trajetória da família de Preta na causa. 


Preta também é superficial ao analisar o sistema prisional. Ao falar sobre a prisão, usa apenas frases de efeito que funcionam bem em redes sociais, mas não se aprofunda sobre o encarceramento das pessoas negras. 


A autora também usa o livro para afirmar sua importância. Ao descrever sua relação com as outras detentas, Preta é quase sempre a única que tem algo a ensinar. Parece que ela sempre se coloca acima das demais. 


Apesar de admirar o trabalho de Preta Ferreira, o livro parece mais uma massagem no seu ego. 
comentários(0)comente



Anna Martins 30/12/2021

Gostei bastante da estrutura de diário. Relato poderosa para contribuir à discussão sobre a situação carcerária das mulheres no Brasil.
comentários(0)comente



Beatriz 23/12/2022

Um relato sobre o sistema carcerário feminino
Ainda não tenho palavras para descrever os sentimentos que tive em relação a essa obra.
Tocante, denunciadora, forte e pontente. Recomendo demais a leitura.
comentários(0)comente



Sol 24/05/2023

"Não criem super-heróis, criem revolucionários com nível superior; o sistema não tem força contra a educação. Mais vale um revolucionário instruído que um doutor corrupto que trama contra pobre inocente."
📚
@preferreira mulher preta, forte, sensível e inspiradora, que sempre lutou contra a injustiça, racismo, machismo e desigualdade..... obrigada por resistir ✊🏾

@vicentafreire gratidão pelo presente 🌻

#minhacarne #pretaferreira #literaturanacional #lendomulheresnegras #prisaopolitica #leiturafınalizada #lido #pretaslivres
comentários(0)comente



Mary Stella 02/11/2023

Leitura importante
Importante o relato de quem passa pela traumática experiência do encarceramento. A autora faz um diário desses dias difíceis mostrando o poder agregador do sentimento de injustiça compartilhado por toda sua rede.
comentários(0)comente



Marina 12/05/2024

Escrevivências são revolucionárias
O livro é um diário da Preta Ferreira dos seus cento e poucos dias presa em 2019.

Preta é liderança do MSTC, Movimento dos Sem Teto do Centro. Parte de uma família de 7 irmãos, sua mãe levou todos da Bahia para São Paulo quando ela era criança, fugidos do seu pai. Desde então eles vivem no movimento e constroem nele.

Ao longo do livro, entendemos que sua prisão se deu com base em uma acusação injusta de extorsão dos demais moradores da ocupação em que vivia. Ela não detalha o caso, mas pelo que já li sobre, acredito que se deva à antiga divergência entre a concepção do movimento de que deve haver uma organização centralizada deste na luta por moradia, inclusive financeira x a ideia neoliberal de que cada ocupante deve decidir individualmente o que fazer na sua propriedade - enfraquecendo a luta coletiva.

A criminalização disso com a prisão de uma liderança do movimento é autoritária e marca de uma perseguição aos movimentos sociais no governo Dória.

A escrita nos apresenta alguns dos pensamentos e sentimentos de Preta e da sensação constante de angústia por estar perdendo sua vida lá fora - marcada pela resistência política.

O caso ganhou grande repercussão internacional, mas ainda assim foi lento e difícil. O comitê Preta Livre se desenvolveu paralelamente ao Lula Livre, e, ao saber dele, Preta comentou que faltavam dois ?s?s ali, deveria ser:

Pretas Livres.
comentários(0)comente



Leila267 25/06/2024

"Eu me sinto uma escravizada em pleno sec. XXI"
Preta Ferreira, militante e ativista dos direitos humanos, na defesa dos direitos por moradia, foi presa injustamente, e viu o inferno do encarceramento, "onde sua voz não tem vez".

"Eu me sinto uma escravizada em pleno sec. XXI" Preta Ferreira

Poderia ser uma obra de ficção, mas é vida real, a realidade mais recorrente do que se imagina.
Assim, a autora relata em seu diário, tudo que sofreu até conseguir provar sua inocência.

Um livro de leitura rápida, linguagem simples e em formato de diário. Nos trás uma dura realidade do sistema carcerário em nosso país.
comentários(0)comente



15 encontrados | exibindo 1 a 15


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR