emmanuel_arankar 17/11/2023"Pumpkin Night, Volume 2" de Masaya Hokazono e Seima Taniguchi
"Pumpkin Night (vol. 2)" chega como a mais recente adição à controversa série que tem gerado discussões devido às suas representações gráficas e extremas. A versão eletrônica do segundo volume já está disponível, e, antes de qualquer análise, é crucial mencionar que as cenas de "splatter" são ainda mais cruéis e impactantes do que as apresentadas no primeiro volume. Este mangá não é para os fracos de estômago, e definitivamente não é a leitura ideal antes de uma refeição.
O destaque do segundo volume é a revelação do rosto por trás da assassina, Pumpkin Night, que é, na verdade, a enigmática Naoko Kirino. Apesar de sua personalidade perturbadora, a verdadeira identidade por trás da máscara de abóbora é revelada, apresentando uma jovem bela e aparentemente adorável. A ironia da contradição entre sua aparência e suas ações brutais é uma parte fundamental da narrativa.
Este mangá é, sem dúvida, envolvente e cheio de ímpeto. No entanto, é importante salientar que, além de ser intrigante, é também extremamente gráfico e gore — uma combinação que pode não ser adequada para todos os leitores, especialmente aqueles que não possuem resistência a conteúdos violentos e explícitos.
A trama do segundo volume começa com Pumpkin Night, ou seja, Naoko, invadindo a sala de operações durante a cirurgia de Saki. As cenas subsequentes são marcadas por representações gráficas e sangrentas, envolvendo não apenas os alvos principais, mas também médicos e enfermeiros que acabam se tornando vítimas desse banho de sangue.
A situação se desdobra quando, em meio ao caos, apenas Saki permanece na sala de operações, à mercê de Naoko. A cena é intensa e angustiante, representando um ponto crucial no enredo.
O cenário fica ainda mais sombrio quando ocorre um blecaute no hospital, despertando a desconfiança de Kazuya e seus amigos, que partem para o quarto de Saki. A revelação chocante de que, apesar das aparências, Saki ainda está viva e intacta na cama do hospital cria uma atmosfera surreal, com implicações significativas para o desenvolvimento da história.
A narrativa então dá um salto no tempo, explorando as memórias de Naoko e revelando eventos que antecederam sua transformação em Pumpkin Night. O contraste entre a jovem aparentemente inocente e a assassina sanguinária é curioso. O enredo lança luz sobre a vida de Naoko antes de se tornar Pumpkin Night, destacando suas interações com Kazuya e revelando um elemento surpreendente: Kazuya, apesar de sua atitude excêntrica, tinha sentimentos por Naoko antes de ela se transformar a assassina.
Concomitantemente, a trama também revela detalhes sobre o passado traumático de Naoko, revelando os eventos que a levaram a buscar vingança. A história explora a natureza complexa das relações entre os personagens e joga luz sobre os tormentos psicológicos que impulsionam os eventos da trama.
À medida que a polícia inicia uma investigação mais intensa, os detalhes do passado de Naoko, incluindo o bullying que ela sofreu, são expostos. Essas revelações provocam uma reflexão sobre a justiça e até que ponto as ações de Pumpkin Night podem ser compreendidas ou justificadas.
O segundo volume também introduz uma reviravolta intrigante envolvendo os pais de Saki, que se tornam alvos de Naoko. A cena, mais uma vez, é permeada por representações gráficas e perturbadoras, contribuindo para a atmosfera intensa e sádica do mangá.
O clímax do segundo volume está enraizado na busca pela verdade por trás do acidente que levou à transformação de Naoko em Pumpkin Night. O enredo revela que o incidente inicial, que deveria ser apenas uma brincadeira, foi manipulado, levando a consequências terríveis. A identidade do responsável por essa manipulação e os eventos subsequentes permanece um mistério, proporcionando um gancho instigante para o próximo volume.
Em resumo, "Pumpkin Night (vol. 2)" eleva a intensidade da série, proporcionando aos leitores uma experiência visceral e chocante. As cenas de "splatter" são impressionantes, e a narrativa mergulha mais profundamente na psique dos personagens, explorando traumas passados e motivações obscuras. A complexidade moral da história é acentuada, fazendo com que os leitores questionem até que ponto as ações de Pumpkin Night podem ser consideradas justificáveis.
Este mangá continua a desafiar as convenções do horror, oferecendo uma jornada perturbadora e envolvente através do mundo sombrio de "Pumpkin Night". No entanto, é essencial abordá-lo com a consciência de que suas representações gráficas e violentas podem não ser adequadas para todos os gostos. Para os amantes de mangás extremos e provocativos, "Pumpkin Night (vol. 2)" promete uma leitura inesquecível, repleta de reviravoltas impactantes e uma exploração corajosa dos limites do horror japonês contemporâneo.