Resenhas - O MAL DO SÉCULO

Roberta 22/11/2023

Que delícia ler um livro bem ambientado, com a descrição dos locais, do tempo, bem construídos. Os personagens cativam de verdade, tem diálogos curtos e diretos e em vários momentos, engraçados. Um toque de humor irônico na medida certa.
O livro é muito bem escrito, amei a fluidez.

ma.ri_ 03/11/2023

Muito bom
O livro consegue trazer o mundo do protagonista para a vida do leitor.
Me senti parte o enredo.
Apesar dos capítulos serem bem longos, o desfecho foi incrível.Pois confirma mais uma vez que, a Clementina não era só o amor da vida dele, mas sim, da sua existência.

Karime 02/11/2023

Vicente e seu romantismo ?
Vicente é um jovem e vive a vida à sua própria maneira, em meio a bebedeira e estadias em hospícios, ele tenta se manter sã em meio a brigas com o Pai e sua própria solidão.

Vicente tem uma aparência peculiar e própria, após uma briga com o Pai o mesmo é mandado para Yorkshire, onde o mesmo teve um infância feliz enquanto a mãe era viva. Ele conhece uma bruxa que tende a ódio-lo e amaldiçoa-lo, para evitar sua morte prematura o mesmo terá que encontrar algo de seu passado.

Vicente se vê encontrando Clementina a mulher que lhe mostra o amor e ilumina sua alma a preenchem com a felicidade que ele jamais pensou existir, eles têm dias maravilhosos e logo os perdem em meio às tristezas da vida. Vicente se vê sobrevivendo em meio às dores e amores da vida que lhe resta, e em meio a um momento de felicidade, o mesmo se vê novamente em meio um turbilhão de descobertas, perdas e sacrifícios.

Eu preciso de um tempo para superar esse final.

O Mal do Século tem uma escrita suave e poética sem ser cansativa, a narrativa e bem descrita, os plosts tem uma constância bem empregada a história que e cheia de alto e baixos em uma leitura viciante

Vania.Cristina 22/10/2023

Misteriosa aventura sombria
História de autor brasileiro contemporâneo publicada de forma independente. Narra as aventuras de Vincent que no início da história aparece velho, escrevendo sobre sua juventude. Em 1832 vivia na Londres da Revolução Industrial e tinha 17 anos. Era rico, não queria saber de estudar ou trabalhar, e estava sempre envolvido com más companhias, mulheres, bebidas e drogas. Escrevia peças de teatro (curioso que isso não era visto como trabalho) e vivia entre artistas e a boemia. Inclusive muitas celebridades da época aparecem rapidamente na história, compondo o que a obra tem de melhor: sua ambientação. Boa parte dela se passa na Inglaterra, tanto em seus palacetes quanto nas ruas fétidas cheias de mendigos. Também tem destaque o campo e as misteriosas colinas de Yorkshire. Cenas se passam em navios, outras em cidades bucólicas do norte da Itália. O autor faz uma sólida pesquisa de época e constrói uma ambientação convincente, com contextos históricos, culturais e sociais. Ele realmente nos faz sentir que estamos lá, naquele lugar e naquele tempo. Trata-se de uma aventura sombria, com terror sobrenatural, mistério, romance, drama e muitas reviravoltas. Em alguns momentos o terror é psicológico, em outros é explícito, escatológico. Tem bruxa, piratas, maldições, fantasmas, possessão demoníaca, ocultismo e uma sequência de batalha num sanatório que me fez sentir como se estivesse em um videogame. Tem conflitos familiares extremos e muita violência. A escrita do autor é fluída, cheia de frases inspiradas. No entanto, o ritmo da história não fluiu bem para mim, achei truncado, com transições abruptas. Algumas coisas acontecem rápido demais. Embora vários personagens sejam memoráveis, nem todos são consistentes. Senti que o livro é ambicioso, promete bastante, mas ainda faltam ajustes, a meu ver. Tem grandes méritos e alguns problemas, mas pode agradar muita gente, principalmente aos fãs do gótico ou da aventura histórica. No final, há um texto do autor que explica que pretendia, com o livro, retratar o ultraromantismo, com todas as suas características literárias, e o mundo que o gerou, sendo impossível separar uma coisa da outra. Os alicerces que erguem essa obra são bons. Recomendo a leitura.

Roberta 16/10/2023

O Mal do Século
Leitura gostosa e envolvente, me senti participante das aventuras do Vincent, o Lorde mais trevoso de Londres.
Uma história cheia de reviravoltas, mistérios, surpresas e uma pitada de sobrenatural que deixa tudo mais interessante.
Do meio para o final eu não conseguia parar de ler, uma sucessão de acontecimentos que te prende e é quase impossível largar.
E aquele final? Eu realmente não esperava! Me surpreendeu positivamente e eu amei!
Só não dei 5 estrelas porque os capítulos são muito longos e isso me incomoda um pouco.
No mais o livro é perfeito.

asisoynara 14/10/2023

Com personagens cativantes e um enredo recheado de aventuras, plot-twist e criatividade, o mal do século é uma obra que espelha com fidedignidade a melancolia, o escapismo (fuga da realidade) e gosto pelo mórbido do movimento ultrarromântico.

Aqui o autor nos envolve com a trama de um jovem e excêntrico dramaturgo, Vincent, em uma Londres pré-vitoriana, a fim de salvar a esposa e a si mesmo de uma bruxa. Cada acontecimento no livro e seu subsequente desenrolar é amarrado a um fato consciso que dá sentido a obra e, se prepare para se surpreender com os laços de sangue revelados, segredos de família e passeios pela psique humana. O domínio da língua portuguesa estão entre as artimanhas admiráveis do autor, ostentando um vocabulário rico e refinado de acordo com o que a obra exigia.

O mal do século é um convite contemporâneo a apreciação da nossa literatura nacional e um vislumbre do quão talentosos nossos escritores são e merecem ser devidamente reconhecidos/valorizados.

jaca.jaca 13/10/2023

Essa obra sempre foi muito rápida com variados eventos que não necessariamente se interligam que, inevitavelmente, vão te cansar em algum momento.

A Clementine é ok,mas a Aveline é muito súbita sendo que no fim o protagonista ainda prefere a "Sarah", pessoalmente eu fiquei com a impressão de que a governanta serviu como tampa buraco do protagonista.

Acho que o autor deveria ter largado a Erinye quando ela morreu,projetar a personagem na Briana não foi uma ótima escolha.

A Sarah ser a Clementine faz sentido,só que é meio decepcionante ver a Sarah como uma extensão da existência de outra pessoa,é como se toda sua história e personalidade tivessem sidos jogados fora.

Envolvendo o Sancho,parece algo feito de última hora, até ele vir com essa conversa de ir pra América eu não tinha visto nenhum indício de que ele seria falso ou sou eu que li esse livro de maneira equivocada?

Briana é uma presença esquisita para dizer o mínimo, não vou falar muito sobre,mas cada aspecto dela chega a ser curioso e conveniente demais.

Essa obra não cria expectativas, então eu,como leitor, não tive nada a ansiar sobre,fazendo isso uma leitura arrastada para mim. Inclusive, provavelmente por falta de esperteza minha,tive de procurar significados de palavras múltiplas vezes.

Bianca 11/10/2023

Gostei da leitura
Vamos lá, apesar de não ser meu gênero literário, gostei bastante da leitira, a escrita do autor é envolvente, de forma que faz a gente querer ler cada vez mais. O final foi ótimo, tudo foi explicado, e o mistério final desvendado. Recomendo!

Lucs 10/10/2023

Excelente!
Li algumas obras góticas no ano passado e não sou estranho no gênero, esta tem a peculiaridade de ser escrita por um brasileiro nos dias de hoje. Meu receio do livro não conseguir passar o sentimento da época foi dissipado, o autor consegue através de alguns termos rebuscados e apropriados para um narrativa do século XIX, me posicionar como espectador daquela época.

A história é excelente e acontece tanta coisa em tão pouco tempo que me faz querer tomar o chá que gerou tanta criatividade!

As personagens são cativantes, bem elaboradas e convincentes, até quem eu não curtia, como Scarlett, ganhou um fã no meio da história.

Os diálogos são ótimos, rápidos e certeiros como um golpe de rapieira e me fizeram lembrar os da fantástica quadrilogia A Sombra do Vento.

O que me desagradou foi uso de alguns termos modernos demais para a época que quebram o clima. É como assistir a um de filme de época salpicado com uma trilha de pop/rock. Mas foi algo pontual e não estragou tanto a experiência

Perto de chegar ao final me pareceu que a história enrolou demais e me incomodou um pouco. Apesar disso história é encerrada com chave de ouro.

Carol Nery 08/10/2023

Grata surpresa
Não conhecia nem o autor, nem a obra... Mas estou sempre em busca de literatura do tipo para meus fins de noite, e às vezes para as madrugadas insones.
Gostei muito do clima que o autor conseguiu passar através de sua escrita. Você se sente realmente ambientado àquela época. Adorei a trama... Cheia de braços e vertentes. Mas tudo devidamente encaixando quando precisa ser.
A sensação de ler algo com ambientação gótica e ultrarromântica de um jovem autor e eu estando nos últimos meses do ano de 2023, foi algo muito prazeroso.
Minha única recomendação é a respeito da revisão. Se eu tivesse lendo de dia, teria feito anotações para poder indicar onde vi alguns errinhos e tal. Fora isso, fui totalmente conquistada e recomendo.

Lígia 25/09/2023

Surpreendentemente
Foi o primeiro livro desse autor que li e adorei.
Ri, me assustei, torci e quebrei a cabeça pra desenvolver o mistério.
Como crítica construtiva, na minha opinião ele poderia ter terminado antes.
Ficou um pouco cansativo nos últimos capítulos; mas nada que me desse vontade de abandonar

Manú 25/09/2023

Mal do século
Não conhecia o trabalho desse autor até agora.
Sempre gostei dessa mistura de romance, misticismo, mistério e esse ambiente gótico dá um charme a mais.
Recomendo !

Jeferson.Gomes 13/09/2023

PÉSSIMO DIA PARA ESTAR VIVO!
As lápides esfriam as dúvidas impacientes, caolhas e envolventes, borrifadas em ópio, umedecidas pela garrafa de vinho.

Não se encontra tudo em um prostíbulo. Os poetas jazem romantismo. Suas intempéries não os consolam em celas, os enterram em tavernas.

O mal está em uma floresta, tentando encontrar uma brecha, ritual fétido em volta de velas, iluminando a escuridão. Morte sem pressa.

A lamparina incendeia uma ideia, plantada em hectares de terra, amor cultivado como o trigo, submerso em perigos.

As pedras não escondem todo o fluxo, escorrendo pelas pernas, transcorrendo lutas adversas. Golpes de uma diferente terra.

Mistérios vagam por carruagens, se revelando em madrugadas, drogas utilizadas, espantando fantasmas, fugidos do manicômio.

Estar em guerra consigo mesmo, desequilibra a mente e os seus entes, conduzindo à alta literatura, aventuras de um século jogado às ruas.

site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/

Suyanebrucieri 09/09/2023

Absorvendo tudo
Apesar de ser um livro pequeno, demorei 2 dias para ler, pois é de uma intensidade absurda.
Existem diversos fatores, dramas e acontecimentos que realmente me tiraram o fôlego. Não dá pra dizer tudo que queria, pois, daria spoiler; tive momentos de dúvidas, medo, horror e o fim foi choro.
No começo fiquei meio? o que tá acontecendo? Por quê? Criei várias teorias, parava a leitura, ficava um tempo pensando naquilo que tinha acabado de ler, respirava e pensava: ?- Ok, acho que já posso continuar agora?.

A leitura me surpreendeu muito positivamente, ainda não tinha lido uma obre com tantos fatores acontecendo, com tanto do sobrenatural envolvido e com tantos detalhes.
Indico demais essa leitura para os que gostam de literatura gótica incluindo: bruxaria, fantasmas, magia, fantasia, romance?
A leitura nacional me impressiona cada dia mais ?

Cinco estrelas ??????????

Kelly.Jesus 04/09/2023

Que leitura interessante e surpreendente, primeiro livro de Júnior Berts que leio e simplesmente amei! Com uma ironia mórbida e um romantismo sem fim a história é contada por Vicent, que desde criança é trancado em manicômios e tratado como louco pelos que o conhecem. Há episódios de ação e muita reflexão sobre o tratamento oferecido aos doentes mentais no século 18 e 19. Vale a pena a leitura!