spoiler visualizarLucas Barros 08/03/2021
Cap 2- Reformas Radicais
A visita musical de Ricardo ao General Albernaz e sua família despertou um gosto pelas festanças, cantigas e hábitos genuinamente nacionais. Encantado o velho genera que nunca exerceu de fato o seu posto de comandante em uma batalha, decidiu organizar uma festança tradicional brasileira. Quaresma incentivou seu vizinho, pois viu nele uma empolgação patriarcal.
Mas para realizar a festividade era necessário alguém para ensaiar, dar os versos e a música. A solução apontada foi a tia Maria Rita, uma antiga lavadeira da família Albernaz que morava em Benfica. Portanto, os dois partiram em busca da tia Rita, busca esta que de nada serviu, porque a senhora já de idade sofria de amnésia e de nada mais lembrava. A decepção durou pouco tempo, graças a Cavalcânti, noivo de Ismênia, que indicou um colecionador de contos e canções populares brasileiras. Após uma conversar com o antigo poeta, Quaresma decidiu fazer o Tangolomango, porém infelizmente na quinta estrofe da brincadeira desmaiou e teve de ser socorrido.
Mesmo assim o Major ainda facinado pelo folclore e tangolomango, comprou livros e leu todas as publicações a respeito, contudo a verdade sobre essas tradições lhe entristeceu, eram todas de origem estrageira. Dias depois, Policarpo recebia suas visitas de maneira inusitada, assim como os Tupinambás, que choravam em sinal de boas-vindas. Indignado com a falta de nacionalismo do povo, ele ainda perdeu o apreço pelo violão e chegou a ser desrespeitoso com Ricardo Coração, por este desconhecer instrumentos nacionais.